Procuradores da Prefeitura de Londrina notificam Sindserv sobre reajuste salarial


Os procuradores da Prefeitura de Londrina não querem mais que o Sindicato dos Servidores Municipais de Londrina (Sindserv) propague a informação de que a categoria terá um aumento real de 208% nos salários caso o projeto 227 do Executivo seja aprovado pela Câmara Municipal. Nesta semana, foi encaminhada à entidade uma notificação extrajudicial informando que a questão é uma inverdade.

A procuradora de carreira e presidente da Associação dos Procuradores do Município de Londrina (Aprolon), Ana Lúcia Costa, disse nesta quarta-feira (20) comentou que o sindicato tem divulgado uma informação equivocada e que não condiz com o teor do projeto.

Ela explicou que o Executivo propõe é o recebimento dos honorários e não aumento salarial. "Nós queremos esclarecer essa situação. A população está sendo mal informada. Isso tem nos colocado numa situação ruim. Os demais servidores nos veem como privilegiados, mas isso não é verdade. Além disso, os vereadores de certa forma estão se sentindo um pouco intimidados com tudo isso", comentou.

De acordo com ela, outro ponto que não vem sendo abordado pelo Sindserv é o fato dos procuradores passarem a contribuir com a previdência social a partir dos novos valores, o que não ocorre atualmente.

O presidente do Sindserv, Marcelo Urbaneja, declarou que a prefeitura justifica o aumento dizendo que se trata apenas de incorporação da sucumbência, o que na classificação da entidade, é uma medida injusta com os outros servidores municipais. "Isso é beneficiar apenas uma parcela dos trabalhadores. O aumento terá reflexo real nas férias dos procuradores, no 13º salário, enfim, em vários outros pontos do salário", comentou.

Os servidores municipais reivindicam reajuste para diminuir as perdas salariais da inflação, que já somam 37%. O único projeto em que todos os servidores são contemplados é o que prevê aumento de 3,5%.

De acordo com o presidente do Sindserv, os procuradores "estão abrindo uma brecha para uma enxurrada de ações trabalhistas". "Existe um grupo classificado como grupo de Carreira do Estado, que são os procuradores, auditores, contadores e outros profissionais. Com o aumento só dos procuradores, é claro que os outros vão correr atrás para ganhar isso também, o que vai prejudicar todo mundo", complementou.

Urbaneja declarou que entidade não mudará seu posicionamento. "O sindicato sempre teve certeza do que disse. Isso é um absurdo, nós temos plena autonomia e liberdade. É como se fosse a lei da mordaça", apontou.

A procuradora de carreira e presidente da Associação dos Procuradores do Município de Londrina (Aprolon), Ana Lúcia Costa, afirmou que se o sindicato continuar a divulgar o mesmo conteúdo, os procuradores poderão entrar com uma ação contra a entidade. "Vamos analisar a postura do sindicato, vamos ponderar as informações e ver como proceder", comentou.

Fonte: londrina.odiario.com