Secretaria de Saúde de Londrina pode precisar de ajuda para não fechar o ano no vermelho


O município de Londrina terá que injetar dinheiro na saúde para que o orçamento da pasta não termine no vermelho. Na manhã desta quarta-feira (27), a Secretaria Municipal de Saúde realizou uma audiência pública para prestação de contas dos meses de abril, maio e junho à população e aos membros do Conselho Municipal de Saúde.

O diretor financeiro da secretaria, João Carlos Perez, afirmou em entrevista à rádio Paiquerê AM que será necessária a intervenção do município, pois o orçamento planejado não será suficiente para conter os gastos. Ele acredita que talvez mais recursos serão necessários, principalmente, no que diz respeito à folha de pagamentos dos servidores.

Segundo dados repassados pela secretaria, o município responde por quase 37% dos recursos da saúde, com investimento de 27 milhões. O maior financiamento vem da União que repassou mais de R$ 47 milhões, o que corresponde a pouco mais de 63%. O Estado enviou R$ 149 mil, representando menos de 1% dos recursos da saúde de Londrina.

Perez explicou que o montante diz respeito ao Fundo Municipal de Saúde e não aos investimentos feitos. Ele disse que, a cada ano, o aporte dado pelo município vem aumentando. "O município tem tido participação maior a cada ano para fazer frente às necessidades do município. O orçamento deste ano, por exemplo, gira em torno de R$ 307 milhões e deve ser de R$ 334 milhões para 2012, com aporte bem maior do município", comentou.

Apesar dos investimentos do município, a saúde está em estado de emergência, com constante falta de médicos nas unidades. Questionado sobre o porquê do aumento não ser visto na prática, Perez afirmou que o problema da saúde não se restringe a Londrina, mas é de todo o país. Além disso, garantiu que há dados estatísticos que mostram uma certa melhora.

"A gente tem que evidenciar a municipalização, estamos remetendo à Câmara projetos para ampliar vagas de concurso já existentes. 17% dos programas essenciais já estão praticamente municipalizados", defendeu em entrevista à radio CBN.

Fonte: londrina.odiario.com