Em São Paulo centrais sindicais reúnem 80 mil trabalhadores


A União Geral dos Trabalhadores (UGT), em ato unitário com a Força Sindical, CTB, CGTB, Nova Central e entidades do movimento social realizaram uma grande passeata que percorreu as ruas de São Paulo para avançar nas lutas pela ampliação dos direitos da classe trabalhadora.


Cerca de 80 mil pessoas fizeram o percurso entre o estádio o Estádio do Pacaembu e a Assembléia Legislativa e, munidas de bandeira, camiseta e faixas, fortaleceram a luta por bandeiras como: fim do fator previdenciário, redução da jornada de trabalho sem redução de salário, ratificação das convenções 158 e 189 da OIT, reformas agrária e urbana, além de 10% do PIB e 50% do fundo sócias do pré-sal voltado exclusivamente para a educação, entre outras.


Segundo o presidente da UGT, Ricardo Patah, o ato foi uma demonstração de mobilização e representatividade das centrais para fortalecer bandeiras históricas de luta da classe trabalhadora brasileira. “Somente com essa demonstração de união, poderemos alcançar a vitória tão esperada em relação às pautas de reivindicação da classe trabalhadora”, explica o dirigente.


O ato na capital paulista encerrou a Agenda Unitária da Classe Trabalhadora, um ciclo de mobilizações que, por todo o mês de julho, aconteceu em todos os estados da federação e representou, efetivamente, uma grande demonstração de poder das centrais em suas bases. “Este ato mostra que as centrais sindicais são fundamentais para o avanço das lutas dos trabalhadores. Hoje fecha-se o ciclo das mobilizações pelo Brasil, mas não acaba com a luta. Conseguimos mostrar para todos que estamos unidos e que somente com a união das entidades poderemos fortalecer a luta por um país melhor”, diz Patah.


Maior participação dos trabalhadores


Durante o ato, o presidente Ricardo Patah lembrou que na última terça-feira, o governo fez o lançamento oficial do Programa Brasil Maior, que influencia diretamente nos direitos dos trabalhadores e favorece o empresariado, contudo as entidades representantes da classe trabalhadora não foram consultadas para propor ideias e debater propostas para o crescimento da nação. “É fundamental para o modelo de democracia que queremos para o país que, as centrais sindicais sejam consultadas sempre que houver a construção de políticas públicas no Brasil”, conclui o dirigente.


Por Fábio Ramalho – redação UGT