Saúde acusa Proativa de não cumprir contrato


Secretaria diz que empresa já foi notificada duas vezes por não cumprir as escalas de plantões médicos. Mas a informação é negada pela Gestão Pública, responsável por aplicar as penalidades em caso de descumprimento no contrato

A Secretaria Municipal de Saúde acusa a empresa Proativa Saúde Cooperativa, do Rio Grande do Sul, de não cumprir integralmente a escala médica nos postos de saúde e prontos-atendimentos de Londrina. O diretor executivo da secretaria, Márcio Nishida, afirmou, em entrevista o JL, nesta sexta-feira (5), que 50% dos plantões em pediatria e 30% de clínica geral não estão sendo cumpridos.

Em abril, a Proativa venceu a licitação para fornecer 5,5 mil plantões nas unidades de saúde 16 e 24 horas, do jardim Maria Cecília, Leonor e União da Vitória, além do Pronto de Atendimento Municipal (PAM) e Pronto de Atendimento Infantil (PAI). Segundo Nishida, a empresa já foi notificada duas vezes por conta das falhas nas escalas.

A informação, no entanto, não é confirmada pela Secretaria Municipal de Gestão Pública. Segundo o secretário da pasta, Cléberson Luciano Cândido, nenhuma notificação foi feita à Proativa Saúde. “Ficamos sabendo dos problemas pela imprensa. Oficiamos a Secretaria de Saúde para nos comunicar sobre os problemas para que a gente possa abrir um procedimento administrativo. Mas, até hoje, só estamos recebendo notas para pagamento”, explicou.

Após falar com Cândido, o JL tentou um novo contato com Márcio Nishida, mas foi informado de que ele estava em uma reunião. A reportagem também ligou para o celular do presidente da cooperativa, Diego Galinas, mas o telefone estava desligado.

A Prefeitura paga à cooperativa R$ 477,94 a cada plantão de seis horas em clínica médica e R$ 500, em pediatria. Para cada uma das especialidades, a empresa deveria ofertar 7,3 mil horas. Serão pagos R$ 3.488.962,00 para o atendimento de clínica geral e outros R$ 3.650.000,00 na pediatria.

Fonte: Jornal de Londrina