PS do Evangélico pode ficar fechado em setembro, em Londrina


O Pronto-Socorro (PS) do Hospital Evangélico (HE) de Londrina pode fechar as portas para atendimento a partir do dia 1º de setembro. É que os recursos repassados temporariamente por três meses - junho, julho e agosto - pelo governo do Estado finalizam neste mês e a Secretaria Municipal de Saúde ainda não apresentou uma proposta para garantir os plantões à distância.

De acordo com a assessoria de imprensa do HE, os médicos plantonistas já sinalizaram que se o repasse não for efetuado, eles devem parar os atendimentos. Com a impossibilidade de programar as escalas, o hospital informou que não terá condições de continuar a receber pacientes no PS.

O HE já teria enviado diversos ofícios alertando a Saúde sobre o problema, mas não obtiveram nenhuma resposta dos comunicados. Em junho, o prefeito Barbosa Neto (PDT) anunciou o fim de repasse das verbas para as entidades filantrópicas, alegando dificuldades no caixa da administração. Foram afetados com a medida os hospitais Evangélicos, Santa Casa e do Câncer.

O promotor de Defesa da Saúde, Paulo Tavares, disse estar preocupado com a situação e convocou uma reunião com os hospitais e a Secretaria Municipal da Saúde nesta quinta-feira (25), a partir das 15h. "É muito preocupante. Os hospitais já vivenciam diversos problemas, como a falta de leitos e a superlotação. Isso não pode ficar assim", destacou.

Já a assessoria de imprensa da Santa Casa de Londrina informou que a direção do hospital ainda aguarda a reunião no MP para definir quais serão as medidas a serem tomadas.

O secretário interino da Saúde, Márcio Nishida, foi procurado pela reportagem de odiario.com no início da tarde, mas estava em reunião e não poderia falar sobre o assunto no momento.

Às 18h35, Nishida disse que não falaria sobre o assunto. Segundo ele, a informação seria de interesse das entidades primeiramente e não da imprensa. Ele declarou que já existe uma proposta a ser negociada, e que não seria um repasse nos mesmos moldes como eram feitos anteriormente. No entanto, ele não quis adiantar o que seria apresentado ao MP e aos representantes dos hospitais.

Fonte: londrina.odiario.com