Marco Cito responsabiliza empresa Centronic por irregularidades nos serviços, em Londrina


O ex-secretário municipal de Gestão Pública de Londrina, Marco Cito, que atualmente ocupa a gerência de Governo, imputou toda a responsabilidade para a empresa Centronic em depoimento prestado na tarde desta segunda-feira (12) à Comissão Especial de Inquérito (CEI) que apura irreglaridades nos serviços prestados pela empresas terceirizadas Centronic e Proguarda.
 

Em depoimento prestado por pouco mais de uma hora, Cito teria negado que a prefeitura solicitou seguranças para trabalharem na rádio Brasil Sul, de propriedade da família do prefeito Barbosa Neto (PDT). O fato foi alvo de uma investigação do Ministério Público (MP), após a chegada de uma denúncia anônima sobre essas irregularidades.

Segundo o vereador Roberto Kanashiro (PSDB), que preside a comissão, Cito teria alegado que a prefeitura não tinha como controlar os postos de atuação dos vigias e que somente a Centronic é que realizava este trabalho. "No geral foram assuntos que já tinham sido abordados por outros servidores e representantes das empresas", destacou.

Cito ainda teria comentado da impossibilidade de controlar todos os contratos da prefeitura - que somam mais de 400 - devido ao número reduzido de funcionários da pasta, de apenas 10. "Ele disse que não dava para acompanhar tudo diretamente, mas que aquilo que não prestado como devia foi descontado da empresa", comentou.

A CEI da Centronic ainda aguarda a chegada de novos documentos sobre a apuração. Uma das expectativas gira em torno das declarações do sócio-proprietário da Centronic, Nilson Godoes, que não compareceu por duas vezes à Câmara Municipal para depoimento.

A assessoria jurídica, juntamente com os vereadores que compõem a CEI, Kanashiro, Rony Alves (PTB) e Ivo de Bassi (PTN), teria elaborado uma série de questionamentos e encaminhado na última semana para o sócio-proprietário.

Kanashiro acredita que as respostas devem chegar até quarta-feira (14), quando todos se reúnem para discutir se devem pedir a prorrogação da conclusão das investigações. "O prazo regimental vence no dia 28 de setembro. Vamos analisar os documentos e ver se o tempo será suficiente ou não para concluir o caso", afirmou.

Fonte: londrina.odiario.com