Fidélis Canguçu depõe à CEI da Saúde e nega irregularidade em pareceres, em Londrina


O ex-procurador do município de Londrina, Fidélis Canguçu, depôs na manhã desta terça-feira (13) à Comissão Especial de Inquérito (CEI), que apura irregularidades e suposta corrupção na área da saúde. Ele foi o único a comparecer à Câmara Municipal. Os presidentes das oscips Gálatas e Atlântico encaminharam aos vereadores documentos ratificando as oitivas realizadas no Ministério Público durante as investigações da Operação Antissepsia, deflagrada em maio.

Segundo a presidente da CEI, Lenir de Assis (PT), o depoimento de Canguçu não apresentou novidades no caso. Ele chegou sem a presença de seu advogado e falou à comissão por um hora e quinze minutos. De acordo com Lenir, ele teria confirmado as declarações feitas no MP. "Não trouxe nenhuma alteração significativa do que ele já havia se manifestado", disse.

O ex-procurador foi preso pelo Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e exonerado do cargo logo na sequência pelo prefeito Barbosa Neto (PDT). Canguçu foi uma das 15 pessoas denunciadas no caso de suposto crime de corrupção no setor. Ele teria recebido propina para emitir parecer favoráveis à manutenção dos pagamentos dos institutos, no entato, em conversa com os vereadores, negou irregularidades nos documentos.

Lenir de Assis ainda disse que o ex-procurador comentou que os R$ 20 mil e seus dois carros apreendidos pelo Gaeco seriam fruto de uma sociedade com o presidente do Instituto Atlântico, Bruno Valverde. "Mas o próprio Bruno Valverde contrapõe essa versão", alegou a vereadora.

A CEI da Saúde deve ser finalizada até o dia 17 e outubro. Os vereadores ainda aguardam a chegada de documentos das audiências realizadas pela 3ª Vara Criminal de Londrina. Lenir apontou que a CEI vai aguardar a papelada, mas disse que o atraso não deve prejudicar o andamento das investigações. "Já temos elementos suficientes para dar continuidade ao caso", afirmou.

Fonte: londrina.odario.com