Há seis dias em greve, os trabalhadores dos Correios ainda não tiveram uma contraproposta para negociar melhores salários com a empresa. Em Londrina, o movimento deve se reunir e fechar a agência bancária do Centro, na Rua Rio de Janeiro, logo no início da manhã desta terça-feira (20). A intenção é pressionar cada vez mais a empresa a acatar as reivindicações dos funcionários.

Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Correios (Sintcom) em Londrina, Cícero da Silva, cerca de 70% dos trabalhadores estão parados. Ele apontou que mais da metade das encomendas está atrasada. Os serviços de Sedex 10 e Sedex Hoje foram suspensos e a população ainda aguarda a chegada das demais correspondências. "Há uma forte pressão, mas nenhuma sinalização nesta segunda-feira (19)", comentou.

Apesar das recentes negativas, o diretor do sindicato comentou que há sim uma esperaça de avanço nas negociações nesta semana. Ele comentou que em entrevista coletiva na última sexta-feira (16), o presidente dos Correios, Wagner Pinheiro de Oliveira, se mostrou mais favorável aos pedidos. No entanto, ele destacou que a classe está unida em todo o país para garantir que as propostas de reajuste de 7,32%, além de incremento do vale-refeição de R$ 23 para R$ 30 e da cesta básica de R$ 130 para R$ 300 sejam aceitas.

Além disso, os funcionários ainda pedem que seja fixado o valor para o piso da categoria em R$ 1.632. Atualmente, o salário pago gira em torno de R$ 800.

As empresas ofereceram reajuste de R$ 6,87%, valor abaixo do índice inflacionário do ano que foi de R$ 7,26%. Na questão dos benefícios adicionais, o patronato ofereceu vale-refeição no valor de R$ 25 e a cesta de R$ 140.

Fonte: londrina.odiario.com