Governo insiste em descontar dias parados e greve continua


Terminou sem acordo a rodada de negociação entre a direção dos Correios e o comando da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) na tarde desta quarta-feira (28) em Brasília. Os funcionários da estatal resolveram manter a greve que já dura 15 dias diante do impasse sobre os dias não trabalhados. O governo pretende descontar os dias parados ou cobrá-los com horas extras.

"Não vamos trabalhar de graça. Vamos fazer valer a lei de greve", decretou Osmar Silva, diretor executivo do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios no Paraná. Outro ponto que desagrada o movimento grevista é a proposta de repasse do aumento real de R$ 50 somente a partir de 1º de janeiro de 2012. "O nosso acordo trabalhista terminou em 1º de agosto, é a partir desta data que queremos receber o aumento".

Silva lembrou ainda que a proposta de reajuste salarial e benefícios de 6,87% oferecida pelo governo trata-se apenas de reposição da inflação. Sobre o abono de R$ 800, ele considerou uma 'esmola'.

A direção dos Correios e os representantes da Fentect voltam a se reunir nesta quinta-feira (29) para uma nova rodada de negociação.

Fonte: londrina.odiario.com