Os integrantes da Mesa Executiva da Câmara Municipal de Londrina discutem nesta terça-feira (6) o pedido de abertura de Comissão Processante contra o prefeito Barbosa Neto (PDT) no caso de desvio de verba da saúde. A reunião está marcada para às 10h no legislativo.

No encontro, deverá ser decidido se o pedido será remetido para votação em plenário ou se será arquivado. A representação foi protocolada pelo vereador Joel Garcia (PP) e também constou no relatório final da Comissão Especial de Inquérito (CEI) que apurou o caso.

Segundo o presidente da Câmara, Gerson Araújo (PSDB), ainda não é possível afirmar se o documento será aprovado pela Mesa. Ele não quis adiantar o seu voto, apesar de outras vezes ter declarado que iria ser a favor da investigação.

Nesta segunda-feira (5), o vereador apenas comentou que pretende conversar e discutir, para evitar apenas a questão do voto em si. "É um assunto que gerou muita polêmica e é preciso analisar se vale a pena jogar a votação para plenário e diluir a responsabilidade também", disse.

Caso seja aprovado o encaminhamento para plenário, o assunto pode entrar em pauta na sessão desta quinta-feira (8). Serão necessários pelo menos 13 votos para a aprovação da CP contra o prefeito Barbosa Neto.

A defesa do prefeito chegou a pedir o arquivamento da CP, alegando que tanto o relatório elaborado pela CEI quanto ao pedido estariam viciados, uma vez que foram utilizados dados do Ministério Público (MP) para a investigação. No entanto, o argumento não foi aceito e a CP continua em tramitação na Casa.

A CEI da Saúde apurou o escândalo de possível corrupção de agentes públicos e desvios de dinheiro do setor. O caso se tornou conhecido em maio após a deflagração da Operação Antissepsia, através do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Tanto Barbosa Neto quanto a primeira-dama, Ana Laura Lino, são acusados de terem recebido dinheiro para favorecer a contratação do Instituto Atlântico, uma das entidades que foram apontadas como mentoras do esquema. Além dela, figura o caso o Instituto Gálatas.

Fonte: londrina.odiario.com