Decisão sobre pedido de abertura de CP contra Barbosa Neto fica para sexta-feira em Londrina


A decisão se o pedido de abertura da Comissão Processante (CP) contra o prefeito de Londrina Barbosa Neto (PDT) irá ou não para votação em plenário ficou para sexta-feira (9). A Mesa Executiva da Câmara Municipal se reuniu nesta terça-feira (6), mas não chegou a um consenso do assunto.

Segundo o presidente do legislativo, vereador Gerson Araújo (PSDB), foi solicitado maior prazo para que alguns ítens sobre o pedido de abertura da CP seja analisado pelo corpo jurídico da Casa.

Ele explicou que o debate foi longo e durou quase 2h30. "Tivemos que pedir um tempo maior. Se fosse fechar esse assunto hoje teríamos dificuldades", comentou. De acordo com Araújo, o tema é delicado e precisa de uma análise mais aprofundada.

"A Mesa tem maioria governista. Não somos advogados e lemos muitas coisas. Precisamos tem embasamento maior", afirmou.

A Mesa Executiva hoje tem maioria governista, com três votos: Roberto Fu (PDT), José Roque Neto (PR) e Sebastião dos Metalúrgicos (PDT). Já a oposição conta apenas com dois integrantes, o presidente da Casa e Rony Alves (PTB).

Entre os assuntos questionados, a possibilidade de voto do vereador José Roque Neto no pedido de abertura - fato levantado pelo vereador Rony Alves (PTB). Além de integrar a Mesa Executiva, Roque Neto participou da Comissão Especial de Inquérito (CEI) que apurou o caso de irregularidades da Saúde. A investigação culminou no pedido da Comissão Processante. No entanto, Roque Neto se recusou a assinar o relatório final, fazendo fora de prazo, a apresentação de um relatório com voto à parte, o que foi recusado.

Caso os membros da Mesa Executiva definam pelo encaminhamento da CP para votação em plenário, o tema só será debatido a partir da sessão da próxima quinta-feira (15). Segundo a assessoria de imprensa do legislativo, seria necessário despachar o assunto, torná-lo público e depois abrir para votação.

O autor da representação com o pedido da CP foi o vereador Joel Garcia (PP). Ele não poderá votar se o tema for levado para discussão entre os demais vereadores da Câmara.

A defesa do prefeito chegou a pedir o arquivamento da CP, alegando que a CEI e pedido estariam viciados, uma vez que foram utilizados dados do do Ministério Público (MP).

A CEI da Saúde apurou o escândalo de possível corrupção de agentes públicos e desvios de dinheiro do setor. O caso se tornou conhecido em maio após a deflagração da Operação Antissepsia, através do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Barbosa Neto e sua esposa, Ana Laura Lino, são acusados de terem recebido dinheiro para favorecer a contratação do Instituto Atlântico, que ao lado da oscip Gálatas, foram contratadas para prestar serviços na saúde. Ambas são apontadas como mentoras do esquema.

Fonte: londrina.odiario.com