Ex-funcionários do Ciap, em Londrina, aguardam há mais de um ano pagamento de rescisões


Os ex-funcionários do Centro Integrado de Apoio Profissional (Ciap), entidade que prestava serviços para a Saúde Pública de Londrina, ainda não receberam as rescisões contratuais. Eles entraram com ação trabalhista há cerca de um ano e não tiveram resposta da justiça.
 
A delegada regional do Sindicato dos Agentes de Saúde do Paraná (Sindacs), Márcia Kitano, contou nesta terça-feira (13) que foi informada que o jurídico do Ciap, com base em uma alegação de um possível despacho de um juíz da 6ª Vara Trabalhista, estaria tentando fechar um acordo de pagamento com os trabalhadores estipulado em R$ 1.500 pelos valores devidos.

O valor, segundo ela, ficaria bem abaixo do determinado pela Justiça do Trabalho, de R$ 6 mil. "No meu processo que foi já julgado, por exemplo, a determinação ficou em R$ 6 mil. Mas essa informação de R$ 1.500 não foi confirmada pelos nossos advogados. O valor seria insuficiente para pagar todas as perdas trabalhistas", declarou.

De acordo com ela, o dinheiro seria referente a multas, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) , adicional de insalubridade que não havia sido depositado, entre outros percentuais. Além do questionamento do valor baixo, Márcia ainda ressaltou que a se a informação for verdadeira, ainda é preciso checar se o total será adotado para os demais processos em tramitação na justiça.

"Não sabemos se a informação procede. Se foi uma atitude isolada de uma vara e se as outras vão acatar", comentou.

A entidade foi acusada de ter desviado R$ 300 milhões de recursos públicos. Deste total, pelo menos R$ 10 milhões em Londrina. O caso se tornou público em 2010, quando a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Parceria. A 2ª Vara Federal Criminal de Curitiba condenou condenou 12 dos 16 acusados no escândalo por peculato, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

Fonte: londrina.odiario.com