Policiais civis de Londrina adiam manifestação, mas não descartam greve


Os policiais civis de Londrina decidiram dar mais 15 dias, como um voto de confiança ao governo do Estado, antes de promoverem uma manifestação, anteriormente marcada para o dia 24 de janeiro. Em assembleia realizada no município na noite desta segunda-feira (16), cerca de 150 profissionais adiaram o protesto para o dia 8 de fevereiro, mas a greve ainda não está descartada, caso as tratativas com o poder público não avancem.

O presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Londrina e Região (Sindipol), Ademílson Batista, explicou que as reivindicações principais dizem respeito à questão salarial e da promulgação do novo estatuto da categoria. "Nosso pedido é que seja enviado o estatuto, que já está pronto. Ele ainda carece de algumas análises, mas já está completo. Nós já fomos enrolados durante seis anos do último governo. O estatuto é essencial, pois vai modernizar a questão salarial, disciplinar e de promoções", comentou.

Em relação aos vencimentos, os policiais reclamam do alto índice de defasagem. "Nós não estamos pedindo um aumento em porcentagem, mas queremos um salário de nível superior. Nós queremos que seja apresentada uma nova tabela salarial que leve isso em conta", pediu.

De acordo com Batista, a categoria deu um ano ao governo Beto Richa para que pudesse organizar a polícia e atender às reivindicações. Nesta segunda-feira (16), foi feito o pedido de mais 15 dias, antes que os profissionais partissem para as manifestações e até mesmo para a greve.

"Nós esperamos que até o dia 8 de fevereiro, o governo cumpra a promessa. Nesse dia nós estaremos no Centro Cívico de Curitiba fazendo uma grande passeata. Também decidiremos se a paralisação será feita ou não", comentou.

Sobre as condições de trabalho, consideradas precárias, o Sindipol acredita que a questão já evoluiu. O pedido principal da categoria é para que os presos sejam retirados da delegacia e sejam enviados aos presídios. Em 2011, cerca de 4 mil já foram transferidos, número considerado bom pelo sindicato.

Fonte: londrina.odiario.com