Policiais militares e civis se mobilizam no Paraná


Policiais militares e civis aguardam posicionamento do governo estadual para evitar uma paralisação geral das categorias a partir do próximo mês. Os primeiros negociam a implantação da Emenda 29, que prevê que os policiais militares e bombeiros concursados tenham formação superior prévia e também seja feita a reposição de perdas salariais. A emenda foi aprovada pelos deputados estaduais em 2010 - ainda no governo de Orlando Pessuti.

Já os policiais civis cobram a publicação do novo Estatuto da Polícia Civil.

A possibilidade de paralisação, segundo a Associação de Defesa dos Direitos dos Policias Militares Ativos, Inativos e Pensionistas (Amai), está descartada até o dia 15 de fevereiro.

O coronel Elizeu Furquim, presidente da Amai, afirmou que o governo tem até esta data para apresentar uma proposta e até lá o objetivo é negociar. ''Não faz sentido entrar em greve enquanto ainda tentamos negociar com o governo. Entretanto, se não houver acordo até essa data, existe sim a possibilidade de paralisação'', destacou.

Enquanto o governo não apresenta uma resposta, segundo o presidente da Amai, alguns protestos isolados vêm acontecendo. Num destes casos, duas frequências da rádio da Polícia Militar estavam tocando músicas na manhã de ontem, em Curitiba. Com isso as ocorrências e procedimentos da PM foram substituídos por sucessos musicais nacionais e internacionais. ''Não queremos que isto aconteça, mas atos isolados acabam sendo realizados por causa da insatisfação da categoria'', completou Furquim.

Polícia Civil

Em Londrina, na última segunda-feira, os cerca de 700 policiais da região Norte, representados pelo Sindicato da Polícia Civil (Sindipol) aprovaram a prorrogação para o dia 8 de fevereiro como data para a realização de um protesto. A primeira data era o dia 24 de janeiro. O objetivo é pressionar o governo a publicar o novo estatuto que, entre outras coisas, pretende modernizar a administração do órgão e fazer uma recomposição de salários. Na tarde de ontem, os representantes do Sindicato das Classes de Base da Polícia Civil do Paraná (Sinclapol), em Curitiba, também iriam decidir sobre a prorrogação do prazo pedido pelo governo. Até o fechamento da edição a assembleia não tinha terminado.

A Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) informou, através da assessoria, que o documento da categoria foi entregue e que foi analisado por uma comissão de juristas da própria secretaria. Por enquanto, não há prazo definido para este trabalho terminar porque foram encontrados algumas inconstitucionalidades no texto.

Fonte: www.folhaweb.com.br