A Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) de Londrina tem menos de um mês para readequar a situação de 113 funcionários do órgão. Eles foram promovidos indevidamente para cargos de nível superior, sendo contratados originalmente para funções de nível médio. A medida tem que ser cumprida até o dia 18 de fevereiro, quando expira o prazo cedido pela juíza do Trabalho Samanta Alves.

O despacho da juíza foi dado no dia 6 de abril de 2011 e garantiu 10 meses para que o órgão municipal fizesse as readequações necessárias. Caso não haja cumprimento, a CMTU pode ser multada em R$ 100 mil e outros R$ 10 mil por funcionário em atividade irregular.

As promoções irregulares teriam ocorrido a partir de Planos de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) em 1997, 2004 e 2006, antes da atual gestão. O presidente da CMTU, André Nadai, explicou nesta sexta-feira (20) que o município ainda aguarda decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) sobre o caso.

O recurso ordinário ainda não foi julgado, mas a expectativa é que até meados de fevereiro a CMTU tenha novidades no caso.

Apesar da proximidade do final do prazo, Nadai declarou que as determinações serão executadas. "O TRT pode ter uma decisão ou não sobre isso. Mas já estamos trabalhando com relação a isso e estudando a melhor forma. Ninguém vai descumprir determinação judicial", afirmou.

Segundo ele, o rebaixamento de cargos vai afetar a CMTU, com alteração em quase todas diretorias. "Alguns cargos já não existem mais e pode ser que algumas pessoas sejam desligadas. Mas estamos avaliando tudo isso", contou.

Nadai ainda destacou o recente concurso realizado pela companhia, que disponibilizou mais de 50 vagas. A realização de concursos e seleções também foi uma das soluções apontadas na Justiça para impedir que os cargos ficassem vazios após a desocupação dos atuais funcionários.

Fonte: londrina.odiario.com