Professores estaduais farão paralisação parcial no segundo dia de aula em Londrina


Os profissionais da Educação Pública de Londrina vão fazer uma paralisação parcial no dia 9 de fevereiro, o segundo dia do ano letivo de 2012. Com a data-base no dia 1º de maio, a categoria pretende agir energicamente nos próximos meses para conseguir do governo do Estado que suas 35 reivindicações sejam atendidas.

A campanha "A Educação tem pressa: 33% de hora-atividade já" foi deflagrada e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública (APP) tenta mobilizar os profissionais. "No dia 9 de fevereiro, nós faremos aulas de 30 minutos e depois partiremos para o Calçadão, onde será realizada uma panfletagem", contou o presidente do APP, Antônio Marcos Gonçalves.

As reivindicações da categoria ficarão pautadas em quatro tópicos: a implantação dos 33% da carga horária em hora-atividade, melhoria do sistema de saúde do servidor, correção do salário com o piso nacional e melhorias na carreira dos funcionários da Educação.

"No ano de 2008, ainda no governo do presidente Lula, foi sancionada a lei do piso nacional que previa, além do piso e da forma de correção, que 1/3 da carga horária fosse para hora-atividade e até hoje nada. Foi suspenso um tempo, mas o Supremo Tribunal Federal já votou a constitucionalidade e queremos que a lei seja implantada imediatamente", pediu.

Atualmente, um professor, no início da carreira no magistério, ganha R$ 622 no Estado do Paraná, quando o piso nacional é fixado em cerca de R$ 735 para 20 horas de trabalho. O sindicato cobra ao governador para que o valor seja praticado. Além disso, o atendimento à saúde dos profissionais está precário, segundo Gonçalves.

"Até a questão da hora-atividade está ligado a isso, pois muitos professores estão sobrecarregados. Vários estão afastados por conta de estresse, da pressão de lidar com salas de 35, 40 alunos. Os professores estão acometidos de problemas de ordem psicológica, neurológica por conta do acúmulo do trabalho. O atendimento está muito ruim, demorado, muitas consultas são remarcadas. O governo até sinalizou uma mudança, mas desacelerou o discurso", comentou.

Além da panfletagem, no dia 15 de março, os trabalhadores da Educação Pública farão uma paralisação integral. Após as manifestações, uma nova assembleia será convocada para traçar os rumos da campanha salarial

Fonte: londrina.odiario.com