Controladoria suspende repasse para diretores de escolas municipais


A Controladoria Geral do Município determinou a suspensão do repasse de verbas municipais, em forma de adiantamento, nas contas particulares de diretores de escolas municipais. Na semana passada a Folha publicou reportagem na qual diretores questionavam a prática. Anteriormente, o dinheiro era repassado por meio da Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF) de cada instituição. 

Segundo Denison Utiamada, assessor técnico da Secretaria de Educação, apenas um repasse foi feito, em fevereiro, para cerca de 80 diretores. O valor foi de R$ 44 mil. Cada unidade poderia receber, se o diretor pedisse, de R$ 500 a R$ 1 mil, dependendo do número de alunos. 

De acordo com o Controlador Geral em exercício, Marcos Urbaneja, para continuar repassando a verba em forma de adiantamento a Secretaria de Educação terá que apontar apenas uma pessoa responsável pela administração de toda verba repassada para as escolas. 

Conforme Marcos Urbaneja, a prática já acontece em outras secretarias e é legal. ''Cada secretaria tem alguém responsável pelos adiantamentos que servem para pagar despesas urgentes que não podem esperar uma licitação'', explicou. 

Segundo ele, o pagamento de adiantamentos foi suspenso na terça-feira. ''Muitos diretores estavam tendo dúvidas sobre em quais situações poderiam pedir adiantamento. Teve professor que estava querendo pedir para comprar cartucho de impressora. Essa não é uma despesa urgente. Materiais têm que ser pedidos com antecedência e passar por licitação. Agora, se em uma sexta-feira estoura um cano na escola e vai ficar vazando água, é uma despesa urgente'', explicou. Segundo Urbaneja, a Controladoria ainda não analisou a prestação de conta do dinheiro repassado aos diretores em fevereiro. 

De acordo com Utiamada, a secretaria já repassou a primeira prestação de contas para ser analisada pela Controladoria. Em março não houve repasse. ''Vamos aguardar a posição da Controladoria. Se ela não autorizar a manutenção do adiantamento, vamos fazer um Fundo Rotativo, assim como o Estado faz, e repassar para APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários de escolas)''.


Fonte: Folha de Londrina