Maçonaria faz ato de desagravo sobre denúncias de corrupção em Londrina


Representantes de 30 lojas macônicas de Londrina e região protocolaram na Fórum do município na tarde desta segunda-feira (28) um ato de desagravo contra as denúncias de corrupção e improbidade administrativa de alguns membros da administração pública. Os integrantes da maçonaria foram recebidos pelo juiz Aurênio José Arantes de Moura, diretor do fórum, e pelo coordenador estadual do Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), promotor Leonir Batisti.

Na oportunidade, a Maçonaria pediu a criação de uma vara específica em Londrina para julgar os crimes da administração pública. A solicitação será discutida e encaminhada ao Tribunal de Justiça do Paraná.
O promotor Leonir Batisti ressaltou a participação da população de Londrina em cobrar os seus políticos. "Me acostumei com a comunidade de Londrina que sempre buscou o fórum para cobrar e exigir responsabilidade de seus governantes. E a imprensa vem junto e funciona ecoando este descontentamento das pessoas. Por isso as coisas acontecem aqui", afirmou em entrevista à Rádio Paiquerê AM.
Batisti reconheceu a importância do apoio das instituições da sociedade civil organizada ao trabalho do Gaeco e minimizou a demora para a esta mobilização. "A sociedade tem o seu tempo. Existe sempre o descrédito, que vai demorar demais, que não vai dar em nada. Por isso as pessoas demoram um pouco para se engajar nestes movimentos. Nem sempre o resultado final é a devolução do dinheiro ou a prisão de alguém. O importante é que sempre fique claro o que é certo e o que é errado", comentou
Atitudes semelhantes à adotada pela Maçonaria de apoio ao Gaeco foi demonstrada na última semana por outras entidades de classe em Londrina, como a Arquidiocese, a Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil), Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon), Sociedade Rural do Paraná (SRP), além do Movimento Por Amor a Londrina, criado por membros da sociedade cansados das denúncias de corrupção política no município.
Recentemente o Gaeco foi atacada por membros do PDT nacional, que o acusaram de ser braço político do PSDB para desestabilizar a administração do prefeito Barbosa Neto (PDT), declarado pré-candidato à reeleição em outubro.
O motivo são as investigações recentes de uma denúncia do vereador Amauri Cardoso (PSDB) de que membros ligados à prefeitura o estariam oferecendo suborno para que ele votasse contrário à abertura da Comissão Processante do Caso Centronic. Foram presos quatro envolvidos no caso, como o ex-secretário municipal de Governo e coordenador de campanha do PDT em Londrina, Marco Cito, o empresário Ludovico Bonato, o chefe de Gabinete de Barbosa Neto, Rogério Ortega, e o ex-diretor de Participações da Sercomtel, Alysson Carvalho.
Eles, juntamente com o ex-presidente da Sercomtel e ex-vice-presidente do PDT, Roberto Coutinho, foram denunciados por corrupção ativa e formação de quadrilha. Já o vereador Eloir Valença (PHS) foi denunciado por formação de quadrilha e corrupção passiva nestas investigações.
Fonte: londrina.odiario.com