Garis e coletores de lixo entram em greve


 Insatisfeitos com as propostas de rejuste feitas pela M&M Consultoria, Construções e Serviços Ltda., empresa responsável pela coleta de lixo e pela varrição em Londrina, os trabalhadores do setor deflagram greve a partir de hoje, por tempo indeterminado. Os serviços serão suspensos a partir das 7 horas. 
A categoria reivindica reajuste de 15% nos pisos salariais dos varredores e coletores e o mesmo percentual no tíquete-alimentação. ''É a nossa proposta mínima porque, na verdade, queremos um reajuste de 20% tanto para o salário quanto para o tíquete'', explicou Manassés Oliveira da Silva, presidente da Federação dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação do Estado do Paraná (Feaconspar). Segundo ele, serão mantidos apenas os serviços essenciais, como a coleta de lixo hospitalar. 
A M&M oferece reajuste salarial de 9% e de 13% no tíquete. O responsável técnico da empresa, Raimundo Paiva, defende que o aumento proposto está acima da inflação e da média de aumento concedida por empresas de outras categorias da cidade. 
Duzentos profissionais trabalham como varredores e 144 como coletores em Londrina. Um coletor recebe R$ 752,13 de salário, R$ 455,75 de tíquete-alimentação e R$ 228 de insalubridade. Já o salário-base de varredores é de R$ 604,90, o tíquete-alimentação, de R$ 300 e o adicional de insalubridade, de R$ 114. 
O presidente da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), André Nadai, disse que foi procurado pela M&M para autorizar o reajuste. Mas, segundo ele, a administração não dispõe de recursos para arcar com a despesa. ''Além disso, a taxa de coleta municipal ficou em 6%, bem abaixo do que estão exigindo'', comparou. 
Nadai adiantou que Londrina terá vários problemas por causa da greve, principalmente com coleta de lixo, e orientou, assim como a Feaconspar, que a população não coloque resíduos na rua.
Fonte: Folha de Londrina