Servidores da Universidade Estadual de Londrina decretam estado de greve


Os servidores técnico-administativos da Universidade Estadual de Londrina (UEL) aprovaram o estado de greve da categoria. A decisão foi tomada após duas assembleias realizadas nesta terça-feira (5) no Hospital Universitário (HU) e no campus da UEL.

A categoria está insatisfeita com a demora do governo do Estado em apresentar uma nova proposta do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS). A promessa do governo é que no dia 15 de junho irá se manifestar e fazer uma proposta aos servidores. Se isso não acontecer ou a proposta não agradar aos servidores a greve será deflagrada em todo o Paraná, na assembleia que já está marcada para o dia 18 de junho.
De acordo com Marcelo Alves Seabra, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Técnicos-Administrativos da UEL (Assuel), a entidade vai procurar a Câmara Municipal e sensibilizar a sociedade sobre a intransigência na negociação com o governo.
"Vamos pedir o apoio da Câmara nesta nossa reivindicação e explicar os problemas que estamos enfrentando na negociação. Vamos também a Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil). Queremos mostrar para a comunidade em geral todas as nossas dificuldades e a demora do governo em definir esta situação que se arrasta desde de junho de 2011", ressaltou.
Os servidores devem agendar para a próxima terça-feira (12) a audiência na Câmara Municipal.
Seabra lembrou que os sindicatos dos servidores de Maringá e de Ponta Grossa também vão tomar o mesmo caminho de buscar as Câmaras Municipais e a entidades organizadas para esclarecer a sociedade os motivos do estado de greve.
Os sindicatos dos servidores da universidades estaduais do Paraná estão em tratativa para criar um novo PCCS desde de junho do ano passado, depois que o Tribunal de Justiça decretou dois artigos do antigo plano inconstitucionais e inviabilizou parte do processo de progressão na carreira.
Os servidores fizeram um dia de paralisação em 7 de março e realizaram uma manisfestação em Curitiba no dia 14, o que possibilitou a retomada das negociações. Porém, segundo Seabra, novamente o governo descumpriu a promessa e não apresentou uma proposta.
Sem a aprovação do novo PCCS os servidores ficam impedidos de crescimento e progressão na carreira. A Assuel agrega, aproximadamente, 3,6 mil servidores da UEL.
Fonte: londrina.odiario.com