Professores da UEL criticam o governo por não cumprir acordo para reajuste salarial em Londrina


Os professores da Universidade Estadual de Londrina (UEL), reunidos em assembleia, na última terça-feira (19), resolveram adotar estratégias mais ofensivas em virtude do descumprimento do prazo acordado pelo Estado para enviar a lei de equiparação salarial à Assembleia Legislativa do Paraná.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Superior Público Estadual de Londrina e Região (Sindiprol/Aduel), Nilson Magagnin Filho, a promessa do governo era enviar o projeto até o dia 1º de Maio. "O projeto está pronto, mas ainda não foi enviado. Faltam os pareceres para ser encaminhado. Está parado na Secretaria de Fazenda. A categoria está indignada com esta demora", afirmou.
A preocupação do sindicato é que depois da divulgação das informações sobre o desempenho da arrecadação e gasto com pessoal no primeiro quadrimestre, o governo recue no acordo. Os dados indicariam a ultrapassagem do limite prudencial da despesa com pessoal (LRF), informação que pode ser utilizada pelo governo para justificar a demora no envio do projeto e a impossibilidade de conceder o reajuste.
"Estamos supondo que esta poder ser uma justificativa. Não há nada oficial por parte do Governo, mas então porque a demora? Se o projeto tivesse sido enviado na data acordada, este problema seria evitado", ressaltou.
Apesar do prazo para efetivar a primeira parcela da equiparação seja outubro deste ano, os sucessivos acordos desrespeitados fez com a categoria decidisse se manisfestar para alertar o governo.
"Vamos conversar com os demais sindicatos do estado e propor uma paralisação geral de advertência em agosto para que toda a sociedade saiba das nossas reivindicações e da dificuldade em negociar com o governo paranaense. Se não houver novidades não está descartada uma greve por tempo indeterminado no futuro", explicou.
A assembleia dos professores da UEL aprovou também uma moção de apoio do Sindiprol/Aduel à greve dos docentes das universidades federais, que estão paralizados desde o início do mês.
Fonte: londrina.odiario.com