Apesar de base aliada reduzida, Barbosa não teme cassação


Os advogados do prefeito Barbosa Neto (PDT) entregaram a defesa dele à chamada Comissão Processante da Centronic (CP) no início da semana. A comissão foi aberta na Câmara para investigar o suposto uso de dinheiro público para o pagamento de serviços realizados na rádio Brasil Sul, de propriedade do chefe do Executivo. A CP pretende entregar à Mesa Executiva do Legislativo, até o início da próxima semana, o relatório final dos trabalhos. 

No documento, os vereadores integrantes da comissão podem pedir o arquivamento da denúncia ou a cassação do prefeito. Se a CP optar pela punição, a Câmara tem até o dia cinco de agosto para marcar a sessão e enviar a decisão para o plenário. Pelo menos 13 dos 19 vereadores precisam ser favoráveis ao posicionamento da comissão para Barbosa ser cassado. 

Atualmente, apenas quatro deles continuam na base aliada do prefeito: os pedetistas Sebastião dos Metalúrgicos e Roberto Fu; e Rodrigo Gouvêa e Roberto da Farmácia, ambos do PTC. Eloir Valença (PHS), Jairo Tamura (PSB) e José Roque Neto (PR) deixaram a situação após o início da campanha eleitoral. As legendas do trio se coligaram com o PP do candidato à prefeitura, Marcelo Belinati, que é adversário de Barbosa, que tenta a reeleição. 

Apesar da diminuição da base aliada, Barbosa se disse tranquilo com a possibilidade de enfrentar uma sessão de cassação na Câmara. "O julgamento é político, mas os fatos são relevantes e nos inocenta de todas as formas. Se eles (os vereadores) acompanharam os trabalhos (da comissão), sabem que não há responsabilidade da nossa parte", destacou em entrevista à rádio CBN Londrina

Durante as investigações, a CP da Centronic conseguiu confirmar, através de holerites emitidos pela empresa, que pelo menos dois vigilantes da firma trabalharam na rádio Brasil Sul, mas receberam dinheiro público, previsto em contrato firmado entre a prefeitura e a Centronic. 

O chefe do Executivo admitiu as irregularidades, mas novamente culpou a empresa de vigilância pelos erros constatados. "Se houve o problema foi por parte da empresa. Fizemos a nossa parte e fiscalizamos o contrato. Tanto é que foi o nosso governo que rompeu o acordo com a empresa. Se a comissão constatou erros nos holerites ou trabalhos realizados em outros locais, é a Centronic que precisa ser responsabilizada e não a nossa administração", destacou. 

Fonte: www.bonde.com.br, com informações da rádio CBN Londrina