Após a posse, prefeito de Londrina teme por finanças do município


O prefeito de Londrina, José Joaquim Ribeiro (PSC), um dia após tomar posse no cargo, compareceu à Câmara Municipal nesta quinta-feira (2), na primeira sessão ordinária do segundo semestre, para falar com os vereadores. E demonstrou preocupação com o caixa do município.

Durante a sua fala, fez um discurso de unidade com a Câmara. Ele afirmou que um dos objetivos é buscar parcerias para administrar a cidade e que atenderá a todos os partidos políticos. Ele, no entanto, não escondeu que nos últimos três dias, desde que houve o anúncio da cassação de Barbosa Neto (PDT) na noite de segunda-feira (30), não tem sido fácil para ele. "Nos últimos três dias, tenho passado por momentos difíceis. Tenho fé em Deus, embora não seja um cristão praticante. Creio que devemos nos basear na sinceridade e coloco-me à disposição de todos", completou.
Barbosa Neto foi cassado do cargo após 13 vereadores aprovarem o relatório da Comissão Processante do Caso Centronic, que apurou responsabilidade dele na contratação de vigias da empresa Centronic, pagos pelo município, mas que teriam prestado serviços na Rádio Brasil Sul AM, de sua propriedade.
A preocupação com relação às finanças foi apresentada em plenário pelo líder do prefeito, vereador Antenor Ribeiro (PSC), que disse que o prefeito encontrará dificuldades para organizar o orçamento de Londrina nos próximos cinco meses que estará na prefeitura. Ele também afirmou que o quadro não é dos melhores.
Joaquim Ribeiro, por sua vez, confirmou que a situação financeira é preocupante e não desmentiu os boatos de que o funcionalismo municipal poderá sofrer atraso no pagamento. Ele adiantou que ainda não tem como detalhar, pois é preciso analisar os números, prevendo um final de ano complicado.
Na quarta-feira (1º) pela manhã, o prefeito solicitou aos secretários municipais relatórios completos de como estão as finanças em cada pasta. E ele, segundo informações do site Monitor da Câmara, afirmou que os cofres estão mais vazios do que foi encontrado na época em que Barbosa Neto tomou posse, em maio de 2009.
Atuando como vice-prefeito até o momento da cassação de Barbosa Neto, Joaquim Ribeiro estava afastado das atividades oficiais, após rompimento de relações entre os dois, em meados de junho de 2011. Ribeiro foi repreendido publicamente por Barbosa Neto ao comentar ser favorável pela derrubada da chamada Lei da Muralha, que previa a proibição de instalação de grandes empreendimentos em uma área do quadrilátero entre a zona norte e zona sul de Londrina. Ribeiro, que presidia o Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel), renunciou à função, permanecendo apenas como vice-prefeito do município.
Fonte: londrina.odiario.com