As centrais sindicais (CTB, CUT, Força Sindical, Nova Central e UGT) apoiam a greve do funcionalismo público federal que reúne dezenas de categorias, por reajuste salarial, benefÃcios sociais e econômicos. No entender do movimento sindical, é legÃtimo os trabalhadores paralisarem as atividades para reivindicar melhores condições de vida e de trabalho.
O movimento sindical apoia também o pleito dos grevistas relativo à regulamentação em lei da Convenção 151 da OIT-Organização Internacional do Trabalho, que trata das relações de trabalho na administração pública, notadamente o direito de organização e negociação coletiva para a solução de conflitos e para o exercÃcio dos direitos civis e polÃticos.É justamente a falta de negociação entre as partes — postura adotada pelos governos passados — que gerou o descontentamento generalizado dos servidores, há décadas submetidos à uma polÃtica de desvalorização da carreira de servidor e de arrocho salarial.
Entendemos, porém, que cortar o ponto e substituir grevistas por outros trabalhadores servem apenas para acirrar os ânimos e por lenha na fogueira do descontentamento do funcionalismo público federal. Repudiamos todas as formas de autoritarismo no trato com reivindicações legÃtimas dos trabalhadores e trabalhadoras do setor público. Solidárias com os grevistas, as centrais sindicais reconhecem que a saÃda para a paralisação está na disposição das partes sentarem à mesa e negociarem até a exaustão, tendo como perspectiva a solução rápida do conflito, reduzindo, assim, os prejuÃzos causados aos próprios servidores e à população.
Wagner Gomes, presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil)
Vagner Freitas, presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores)
Miguel Torres, presidente da Força Sindical.
José Calixto Ramos, presidente da NCST (Nova Central)
Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores)