Londrina: servidores podem ficar sem salários em setembro


Mensalmente, a Prefeitura de Londrina tem gasto aproximado de R$ 20 milhões com o pagamento dos servidores públicos municipais que compõem a chamada administração direta. A despesa com pessoal aumentou pelo menos 30% de alguns meses para cá, depois que a gestão Barbosa Neto (PDT) fez a contratação de médicos, professores e funcionários administrativos para diversos setores da prefeitura. 
O novo secretário de Gestão Pública, Denílson Vieira Novaes, admitiu em entrevista ao Bonde nesta sexta-feira (17) que o poder público terá dificuldades para pagar todos os servidores a partir do próximo mês. "A verba para os vencimentos referentes a este mês já está reservada, mas se não tomarmos medidas de contenção de gastos com uma certa urgência, poderemos correr o risco de não pagar todo mundo já em setembro", destacou. 
Novaes listou uma série de condicionantes que resultou no aumento de gastos com o pessoal: "além da contratação de novos servidores, a administração passada concedeu reajuste salarial para diversas categorias e municipalizou muitos serviços. Isso acabou gerando grande impacto na folha de pagamento, que ainda precisa ser analisado", argumentou o secretário. 
"O PCCS (Plano de Cargos, Carreiras e Salários) do magistério por exemplo, aprovado pela Câmara no início do ano, vai gerar ainda mais custos. É importante que a população e os servidores saibam que tudo está passando por uma análise minuciosa, para que consigamos suprir todas as despesas", completou. 
Denílson Vieira Novaes ressaltou que a prefeitura vai precisar fazer uma drástica redução nas despesas e, ainda, ampliar as receitas. A volta do Programa de Recuperação Fiscal (Profis) não está descartada. "É uma possibilidade. No entanto, precisamos ter cuidado com a legislação eleitoral, que, se eu não me engano, proíbe benefícios do tipo para o contribuinte durante a campanha", afirmou. 
Nas três edições de Profis, a prefeitura conseguiu renegociar mais de R$ 70 milhões com o contribuinte londrinense. "É um dinheiro que seria muito bem-vindo", concluiu o secretário.
Fonte: www.bonde.com.br