Gaeco prende empresários acusados de irregularidades na licitação de uniformes


Três empresários ligadas a empresas que participaram de licitação para a compra de uniformes escolares para a Prefeitura de Londrina foram presas na manhã desta terça-feira (28), pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). A informação foi confirmada pelo promotor Cláudio Esteves.
Marcos Divino Ramos, José Lemes e Pedro Bressiani são ligados à G8 e outras empresas que tinham relação entre si e supostamente participavam de licitações simulando preços para fechar o negócio com as prefeituras - uma das prefeituras foi a de Londrina, durante a gestão do prefeito cassado Barbosa Neto (PDT).
Os três empresários tiveram a prisão preventiva decretada pelo juiz da 3ª Vara Criminal de Londrina, Katsujo Nakadomari. Pelo menos um desses três presos, José Lemes, foi procurado várias vezes pela CEI da Educação para prestar depoimento, mas nunca compareceu.
Em entrevista coletiva à imprensa nesta manhã, o promotor Cláudio Esteves informou que foram apreendidos documentos para evidenciar que as empresas envolvidas pertencem às mesmas pessoas. Dois empresários foram detidos por volta das 6 horas no Aeroporto de Londrina. O terceiro foi preso em Apucarana. Eles são acusados de formação de quadrilha, fraude, peculato e corrupção ativa.
O vereador Rony Alves (PTB), que presidiu a Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Educação, disse que por várias vezes tentou contato com o empresário José Lemes, já que ele respondia pelas empresas G8 e Capricórnio em Londrina. As duas, junto com a empresa Iridium, venceram a licitação da prefeitura de São Bernardo do Campo (SP). Depois de listar o nome de algumas empresas que poderiam participar do certame, a Prefeitura de Londrina concluiu que os preços apresentados eram mais altos que os do processo da cidade paulista. Por isso, resolveu pegar carona naquela licitação.
“Analisamos que a G8 e Capricórnio têm donos diferentes mas o representante delas em Londrina era um só: José Lemes. Os endereços eram diferentes, mas o telefone era o mesmo”, contou Alves. Segundo o vereador, ficou claro durante as investigações da CEI que Lemes teria trazido todas as empresas para participar do processo de compra dos uniformes em Londrina com o objetivo de apresentar preços mais altos dos que o do processo de São Bernardo do Campo. Para Rony, uma empresa está relacionada com a outra.
O JL tentou falar com a ex-secretária de Educação Karin Sabec, mas ela disse que não sabia das prisões e não quis comentar nada sobre a licitação. A reportagem está tentando contato com o delegado do Gaeco, Alan Flore, mas o celular dele está desligado.

Fonte: Jornal de Londrina