Justiça determina afastamento de ex-secretário de Gestão Pública de Londrina, a pedido do Gaeco


O ex-secretário municipal de Gestão Pública, Fábio Reali, foi afastado do cargo de técnico de gestão que ocupa atualmente como servidor de carreira da Prefeitura Municipal de Londrina. A medida foi acatada pela Justiça, após um pedido de Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Procurado pela reportagem de odiario.com, o delegado do Gaeco, Alan Flore, negou-se a justificar o pedido enquanto não sejam finalizadas as diligências em andamento, que já culminaram na prisão de três pessoas na manhã desta terça-feira (28). Ele acredita que qualquer manifestação pode trazer prejuízo às medidas em curso.

A operação deflagrada pelo Gaeco investiga possíveis fraudes na licitação para compa de uniformes escolares pela Prefeitura Municipal de Londrina. Em entrevista à rádio Paiquerê AM, Fábio Reali mostrou-se surpreso com o afastamento e declarou que não tem qualquer tipo de envolvimento com as empresas investigadas.

"Não existe nenhuma participação minha no processo, não conheço nenhum proprietário dessas empresas, não recebi visita, nunca foi procurado por nenhum deles e nem por terceiros", afirmou. Ele creditou toda a responsabilidade pela compra dos uniformes à Secretaria Municipal de Educação, à época sob a gestão de Karin Sabec Viana.

Ele negou que tenha recebido qualquer tipo de benefício para declarar determinada empresa vencedora da licitação. "Eu vou contratar um advogado para reaver meu cargo. Já fui secretário de Planejamento, diretor da CMTU cuidando do lixo, diretor da Câmara e assessor de deputado. Não tenho patrimônio, pago aluguel, tenho um carro popular. Estudei em escola pública, faculdade pública e comecei uma universidade particular, mas tive que parar porque não tinha como pagar", declarou à rádio Paiquerê AM.

Prisões

Na manhã desta terça-feira (28), Marcos Divino Ramos, José Lemes e Pedro Bressiani foram detidos por policiais do Gaeco. O promotor Cláudio Esteves afirmou que eles estão sendo investigados por formação de quadrilha, fraude em licitação, peculato, corrupção ativa e passiva. Havia a suspeita de que contavam com a ajuda de agentes públicos para vencerem as licitações.

Fonte: londrina.odiario.com