O ex-prefeito de Londrina Barbosa Neto (PDT) tentou no Tribunal de Justiça (TJ) do Paraná suspender a tramitação da ação civil pública em que é acusado de improbidade administrativa porque dois vigias que trabalhavam em sua emissora de rádio, contratados pela Centronic, teriam sido pagos com dinheiro da prefeitura. O recurso foi negado pelo desembargador Leonel Cunha, relator do processo, em decisão publicada anteontem. Foi a denúncia da Centronic que resultou na cassação do mandato de Barbosa pela Câmara Municipal de Londrina, em 30 de julho. 

No recurso, a defesa alegou que a Brasil Sul tinha um contrato de permuta com a empresa de segurança e teria sido a própria emissora que pagou pelos serviços dos dois funcionários. Também sustentou que não houve prejuízos ao erário. 

O relator, no entanto, entendeu que os depoimentos dos ex-funcionários são indícios da possível improbidade, uma vez que constava de seus holerites que a prefeitura era a fonte pagadora. Com a decisão, o desembargador manteve o entendimento do juiz da 1 Vara da Fazenda Pública de Londrina, Emil Gonçalves, de receber a ação. ''Assim, tanto o ajuizamento da Ação Civil Pública como o recebimento da inicial foi fundamentado. Há indícios (justa causa) que autorizam a instauração do procedimento judicial visando apurar suposta prática de improbidade administrativa'', escreveu Cunha. O advogado que assina o recurso no TJ não foi localizado ontem.

Fonte: www.folhaweb.com.br