De acordo com a professora Vani Espírito Santo, do Coletivo de Professores/as de Filosofia e Sociologia do Norte do Paraná, dentre as propostas de alterações está a redução de aulas das disciplinas, principalmente no 2º e 3º ano do Ensino Médio.

A determinação teria sido enviada ao Conselho Estadual de Educação há aproximadamente três semanas, com o intuito de aumentar a carga horária de matérias como Língua Portuguesa e Matemática. A professora explica que com isso, o Estado pretende melhorar as notas do Indice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

"A questão é que o governo não divulgou que para aumentar a carga horária ele exclui a arte do 3º Ensino Médio, lembrando que no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) caíram aproximadamente 20 questões de Artes. Também exclui a Língua Inglesa do 2º e 3º ano do Ensino Médio", contou.

Além disso, segundo Vani, as disciplinas de Sociologia e Filosofia teriam apenas um turno semanal de 50 minutos no 1º ano. "A Sociologia e a Filosofia são as disciplinas que foram retiradas na época do governo militar, em 1964, exatamente porque possibilitam instrumentos de uma análise mais crítica da sociedade. Estamos falando em adolescentes de 14, 15 anos. Numa sociedade de extrema violência, o menino que está num momento de formação intensa, as disciplinas que tem essa possibilidade de instrumentos de analise têm seu tempo diminuído", destacou.

O repúdio às medidas que poderão ser tomadas pela Secretaria de Estado de Educação (SEED) também já estão na internet. Uma petição pública recolhe assinaturas contra a nova matriz curricular questionada pelas entidades.

O Coletivo Pró-Arte e o de Professores de Filosofia e Sociologia encaminharam um texto para o secretário de Estado da Educação, Flávio Arns, questionando as possíveis alterações e cobrando o debate com a comunidade.

Fonte: londrina.odiario.com