Gaeco denuncia Barbosa Neto e ex-agentes públicos por desvio de dinheiro


O ex-prefeito de Londrina Barbosa Neto e outros ex-agentes públicos foram denunciados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) à Justiça, na terça-feira (15).
As denúncias tratam de irregularidades em contratos da Prefeitura de Londrina com as empresas Proguarda, que realizava serviços de limpeza nas escolas da rede municipal; e a Editora Ética, que forneceu os livros da coleção "Vivenciando a Cultura Afro-Brasileira e Indígena", alvos de críticas pelo conteúdo racista. As denúncias tramitam na 3ª Vara Criminal de Londrina.
No caso da Proguarda, as denúncias envolvem Barbosa Neto, o ex-secretário de Governo Marco Cito, o ex-procurador-geral do Município Fidelis Canguçu, e outras três pessoas. As investigações do Gaeco apontam que só neste caso foram desviados cerca de R$ 1 milhão. Os denunciados devem responder pelos crimes de peculato e supressão de documentos públicos.
A Promotoria do Patrimônio Público sustenta que, em julho de 2010, um representante da empresa requereu à Prefeitura uma revisão do contrato. Para isso, se baseava em argumentos falsos e questionava critérios que já conhecia antes da celebração do mesmo, com a intenção de aumentar o valor cobrado do Município.
Já o contrato com a Editora Ética, segundo a investigação, foi feito sem licitação, com justificativas inválidas e ilegítimas para a compra direta. Com isso, a empresa era beneficiada indevidamente, através de desvio de dinheiro público. Neste caso foram denunciados Barbosa Neto, Marco Cito, Fidelis Canguçu, além de uma professora, um administrador de empresas e o proprietário da editora.
A reportagem do JL não conseguiu contato com os denunciados nesta tarde.
Reincidente
Em dezembro, Barbosa Neto e ex-secretários foram denunciados pelo Ministério Público por improbidade administrativa na compra de uniformes escolares. De acordo com as investigações, R$ 9,4 milhões teriam sido desviados dos cofres públicos por uma organização que envolvia 23 pessoas físicas e jurídicas.
O MP apurou que, além de fraudes no processo licitatório, houve superfaturamento nas contratações e pagamento de propina. A denúncia tramita na 1ª Vara de Fazenda Pública de Londrina 
Fonte: Jornal de Londrina