Irregularidades no armazenamento de inseticidas suspendem serviço de fumacê


Irregularidades no armazenamento de inseticidas suspenderam a aplicação do fumacê leve, com bombas costais, em Londrina na segunda-feira (21). O setor de Saúde e Segurança do Trabalho da Secretaria de Gestão Pública interditou o local onde os produtos químicos eram mantidos, por não haver condições de estocagem nem de manipulação. O trabalho só poderá ser retomado depois que um novo local for encontrado. A situação ocorre em um momento delicado, já que algumas regiões do Município apresentam infestação do mosquito superior a 8%.
O coordenador do setor de Endemias, Élson Belisário, confirmou que os produtos estavam sendo armazenados de maneira irregular. “Poucos municípios no Brasil têm condições de cumprir o que está na lei. Aqui em Londrina não é diferente”, revelou. Uma empresa deverá ser contratada para transferir os produtos para um novo local, ainda não definido. “Ontem [segunda-feira] e hoje [terça-feira] não vamos ter a aplicação do fumacê, feito com a bomba costal. Esperamos que essa situação seja resolvida o quanto antes para que já a partir de quarta-feira a aplicação volte a ser feita.”
De acordo com o secretário de Gestão Pública, Rogério Carlos Dias, o problema já havia sido informado à Secretaria de Saúde em junho do ano passado. "Na época, a [Secretaria de] Gestão notificou a Secretaria de Saúde sobre erros no manuseio e no armazenamento dos produtos", conta. Segundo ele, a Secretaria de Saúde foi notificada para que faça um termo de referência que atenda as exigências e determine o local adequado para o armazenamento.
Belisário explicou que há dois tipos diferentes de fumacê, o leve e o pesado. “O fumacê pesado, aquele que é aplicado com uma camionete, é de responsabilidade do estado. Já o leve é [de responsabilidade] da Prefeitura, inclusive o armazenamento.” De acordo com ele, o pedido para a aplicação do fumacê pesado já foi feito à Secretaria Estadual de Saúde (Sesa). “O pedido, assinado pelo próprio prefeito, foi encaminhado na semana passada. A Sesa vai analisar e, caso necessário, liberará a aplicação em poucos dias.”
Questionado sobre as irregularidades no armazenamento dos inseticidas, Belisário também afirmou que a questão não é nova. “Isso é coisa muito antiga, que vem de antes, das administrações passadas. Já tinha o conhecimento dessa situação, mas não cabe a mim responder. Executo o meu trabalho de acordo com as condições que as pessoas me dão. Como não há condições atuais para a aplicação do fumacê, não vai ser aplicado”, desabafou.
Fonte: Jornal de Londrina