Embora já tenha anunciado Carlos Alberto Adati para a presidência da Sercomtel, o prefeito Alexandre Kireeff (PSD) admite mudar o nome, o que estaria condicionado ao resultado do balanço da empresa, que será apresentado a ele na próxima quinta-feira. Conforme o prefeito, Adati “continua do time”. Se não for presidente da empresa de telefonia, presidirá o conselho de administração. “Dependendo do balanço, vamos ter um presidente com perfil mais empresarial ou mais saneador. Ele [Adati] tem perfil mais empresarial”, declarou Kireeff. Com o balanço em mãos, o prefeito vai a Curitiba na sexta-feira, se reunir com a direção da Copel, sócia minoritária da Sercomtel, para discutir o futuro da telefônica. A definição sobre presidência e diretorias indicadas pela Prefeitura (que é o sócio majoritário) acontece na assembleia de acionistas marcada para 28 de fevereiro.

Até a assembleia, a Sercomtel continua sendo presidida por Kentaro Takahara, que assumiu o cargo no ano passado, por indicação do ex-prefeito José Joaquim Ribeiro (sem partido). Segundo Kireeff, sua opção foi por fazer uma “transição com dinâmica empresarial e não política”. Isso significa que os indicados da nova gestão só assumem depois de fechado o ciclo administrativo.

Questionado sobre o seu posicionamento diante da situação da Sercomtel, Kireeff afirmou que pretende “realmente compartilhar com a cidade as decisões que têm que ser tomadas”. “Não será uma decisão centralizada, tem que ser compartilhada, até porque é uma empresa pública”, completou.

O atual presidente da Sercomtel, Kentaro Takahara, disse que só poderia falar sobre os números depois que eles fossem apresentados ao prefeito. Ele elogiou a postura de Kireeff de esperar a conclusão do exercício, com apresentação, análise e publicação do balanço, antes de mudar diretoria e conselhos fiscal e de administração da empresa. “É uma postura bastante coerente. O novo conselho fiscal [se assumisse em janeiro] não teria base nenhuma para avaliar as contas. O conselho que já está no exercício tem mais condições para analisar”, completou Takahara.

“Medidas saneadoras”

Apesar de não antecipar comentários sobre os números do balanço que será apresentado quinta-feira, Kireeff adiantou que a reunião da próxima sexta-feira com a direção da Copel pretende “preparar para implementar medidas saneadoras”, além de “institucionalizar ferramentas de compartilhamento de tomada de decisão daqui para a frente”.

Mesmo com a decisão de só divulgar os números após a apresentação oficial do balanço, já se sabe que as projeções são preocupantes. Um diretor que pediu para não ser identificado admitiu que a projeção é de prejuízo para este ano. Por meio da assessoria de imprensa, a direção da Copel disse que só irá se manifestar publicamente depois do anúncio oficial dos números.

Fonte: Jornal de Londrina