As 330 merendeiras que trabalham nas escolas municipais e centros de educação infantil estão sem receber vale-refeição e passes de ônibus, contrariando convenção coletiva da categoria. Os atrasos foram denunciados ontem pelo Sindicato dos Trabalhadores em Refeições Coletivas e Merenda Escolar (Sinterc). "Os direitos básicos das trabalhadoras não estão sendo cumpridos", esbravejou a presidente do Sinterc, Dóris Andrade da Cruz.
O grupo começou a trabalhar no dia 18 de fevereiro, logo após a Prefeitura de Londrina firmar contrato emergencial com a Denjud Refeições Coletivas, Administração e Serviços Ltda., antiga prestadora de serviço. O novo contrato, válido por três meses, é de R$ 2,3 milhões.
O Sinterc notificou a empresa no inÃcio da semana, mas não obteve resposta. Dóris Andrade da Cruz promete encaminhar o caso à Prefeitura e à Delegacia Regional do Trabalho (DRT). "Assim que tiver cópia do contrato em mãos vou classificar as irregularidades trabalhistas com as cláusulas que geram multa e oficiar os órgãos competentes", adiantou.
A sindicalista não consegue saber as cláusulas porque o contrato emergencial entre Prefeitura e Denjud ainda não foi assinado, quase três semanas depois da vigência. De acordo com a assessora da Secretaria de Gestão Pública, Karen Ikeda, o documento "está em fase final de ajuste". O prazo para assinatura do contrato ainda está em vigor. "Tem muito material para ser analisado dada a envergadura do contrato", explicou.
A FOLHA entrou em contato com a sede da Denjud, no Rio de Janeiro, mas nenhum responsável foi localizado.
Ano passado o sindicato já havia formalizado denúncia contra a empresa. Foram três casos: insalubridade, irregularidades trabalhistas e falta de repasse de vale-refeição, este último é objeto de uma ação que corre na Justiça do Trabalho.
Fonte: Folha de Londrina