Um estudo divulgado nesta terça-feira (23) pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) indica que mais de 2 milhões de pessoas morrem por ano, no mundo, em consequência de doenças relacionadas ao trabalho. Ainda segundo o estudo, 321 mil pessoas morrem vÃtimas de acidentes de trabalho.
Ainda de acordo com o estudo, 317 milhões de acidentes laborais não mortais ocorrem a cada ano. Isto significa que a cada 15 segundos, um trabalhador morre de acidentes ou doenças relacionadas com o trabalho, e também a cada 15 segundos, 115 trabalhadores sofrem um acidente laboral.
Entre os principais problemas estão as doenças pulmonares causadas pela inalação de partÃculas de silÃcio, carbono e amianto. Na China, esta enfermidade, segundo o estudo, atinge 80% dos casos. Na Ãndia, cerca de 10 milhões de trabalhadores em minas apresentaram problemas por inalação de silÃcio. No Brasil, o estudo aponta que 6,6 milhões de trabalhadores estão expostos a estas substâncias tóxicas.
O estudo aponta ainda que os transtornos musculoesqueléticos e mentais (TME) atingem principalmente os trabalhadores da Europa. As empresas enfrentam o assédio cada vez mais psicológico, assédio moral, assédio sexual e outras formas de violência psicológica. Para lidar com o estresse, os trabalhadores à s vezes adotam comportamentos pouco saudáveis, como o abuso do álcool ou o uso de drogas, o que pode desenvolver doenças psÃquicas como a depressão ou a dependência quÃmica.
Para a OIT, a ausência de uma prevenção adequada das enfermidades profissionais tem profundos efeitos negativos não somente nos trabalhadores e suas famÃlias, mas também na sociedade devido ao enorme custo gerado, particularmente no que diz respeito à perda de produtividade e a sobrecarga dos sistemas de seguridade social. A prevenção é mais eficaz e tem menos custo que o tratamento e a reabilitação. Todos os paÃses podem tomar medidas concretas para melhorar sua capacidade de prevenção das enfermidades profissionais ou relacionadas com o trabalho.
Fonte: UGT