O Sindicato dos Servidores Municipais de Londrina (Sindserv) retomou, na última sexta-feira (5), a rodada de negociação com a Prefeitura de Londrina. No entanto, as propostas não agradaram os trabalhadores, que querem recomposição de perdas salariais de 2000 a 2008, conforme cálculos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

A reunião dos servidores contou com a presença do prefeito Alexandre Kireeff (PSD). Na ocasião, segundo o presidente do Sindserv, Marcelo Urbaneja, foram corrigidos os cálculos de recomposição. Anteriormente, se falava em cerca de 20% de inflação dos oito anos em questão. Porém, os novos cálculos apontam para 16,40%, já que durante a gestão do ex-prefeito Barbosa Neto (PDT) os trabalhadores obtiveram reajuste de 17% dos 37% acumulados no período.

A prefeitura teria dito que só poderá pagar os valores devidos em seis anos, medida que não é aprovada pelo sindicato. A entidade cobra que os índices sejam corrigidos em até três anos. "A gente não entende porque no ano passado, quando o projeto foi encaminhado para a Câmara, mas teve que ser retirado por conta da lei eleitoral, havia dinheiro para pagar e agora não tem mais", comentou.

Outro tema que também teria deixado a desejar foi o pedido de melhoras no auxílio alimentação, item que não teve proposta apresentada. "A prefeitura tem melhor política de pagamento para terceirizados do que para os próprios funcionários", disparou Urbaneja, citando a greve dos coletores de lixo em Londrina, no início do ano, quando o município interviu nas negociações entre o sindicato da categoria e a empresa gestora do serviço à época.

Tendo em vista a falta de acordo, um novo encontro foi programado para a tarde desta sexta-feira (12). "Quando analisamos a receita da prefeitura, as contas, a gente percebe que existe margem para atender a reivindicação dos trabalhadores. Reivindicação que é do direito trabalhista", disse o presidente do Sindserv.

Fonte: londrina.odiario.com