Em greve, trabalhadores da Eletrobras fazem passeata no Rio


Trabalhadores de empresas do sistema energético do Rio de Janeiro fizeram uma passeata pelas ruas do centro da cidade na manhã desta quinta-feira. Segundo estimativa de sindicatos envolvidos, cerca de 500 funcionários de diversos cargos de empresas que formam a Eletrobras se reuniram por volta das 10h, na avenida Presidente Vargas. De lá, partiram em direção à escadaria da Câmara dos Vereadores, onde expuseram uma série de reivindicações. Os servidores estão em greve desde a última segunda-feira, 15.

A caminhada foi pacífica e acompanhada pela Polícia Militar, que estima a participação de apenas 50 manifestantes. Estiveram presentes representantes da Associação dos Empregados da Eletrobrás (AEEL), do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Energia do Rio de Janeiro e Região (Sintergia), Sindicato das Empresas Prestadores de Serviços de Telemarketing e Telesserviços  (Sinterj), além dos sindicatos dos contabilistas (Sindecont), dos administradores (Sinaerj) e dos engenheiros (Senge).

Na pauta de reivindicações está o fim dos cortes de investimentos no setor em decorrência da lei 12.783/13, que trata da prorrogação das concessões de geração de energia elétrica. Essas prorrogações, segundo a classe, estariam sendo negociadas a valores abaixo dos praticáveis para operação e manutenção de usinas. O grupo reivindica ainda a extinção dos chamados “leilões de energia” nos moldes atuais, sobretudo de usinas com dívidas amortizadas, de energia velha.

Eles também pedem a saída de trabalhadores empregados de acordo com o artigo 37 da Constituição Federal, que não são concursados e ingressam nas empresas por indicação, e o fim do patrocínio público em esportes, como faz a Eletrobras no futebol, segundo explicou Julio Reis, diretor do Sindicato dos Administradores.

Greve na Eletrobras

Funcionários das empresas da Eletrobras entraram em greve por tempo indeterminado na última segunda-feira, 15, reivindicando aumento salarial. O Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Energia do Rio de Janeiro e Região (Sintergia) afirma que a Eletrobras fez uma contraproposta abaixo do valor esperado, o que inviabilizou o acordo. Estima-se que 27 mil trabalhadores façam parte do conglomerado empresarial.

A Eletrobras, em nota publicada em seu site, "informa que os serviços essenciais à população, previstos na Lei 7.783, de 28 de junho de 1989, estão sendo mantidos normalmente”.

O conglomerado de empresas, ainda, “reafirma seu respeito ao direito de greve, mas descarta qualquer possibilidade de interrupção do fornecimento de energia aos brasileiros, contando para isso com o apoio, empenho e alto grau de responsabilidade de seus empregados”.

Os servidores de outros conglomerados do setor elétrico (Cepel, Eletronuclear e Furnas) também decidiram cruzar os braços na mesma data.

Fonte: www.terra.com.br