Mais de 1,1 mil médicos de Londrina devem paralisar as atividades na terça


Cerca de 1,1 mil médicos de Londrina devem aderir à paralisação nacional da categoria, programada para a próxima terça-feira (23). A convocação para o movimento foi emitida neste domingo (21) pela Associação Médica de Londrina (AML), Sindicato dos Médicos do Norte do Paraná (Sindmed) e pela Regional Londrina do Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM/PR).
A paralisação é uma forma de protesto contra as medidas tomadas pelo governo federal em relação à contratação de médicos estrangeiros sem a aplicação do Revalida. O projeto de lei do Ato Médico, que estabelece atividades privativas dos médicos e as que poderão ser executadas por outros profissionais da área, também é alvo dos protestos dos médicos em todo o país.
Segundo o presidente da AML, Antonio Caetano de Paula, a expectativa de adesão dos médicos em Londrina é de 70%. “Somos atualmente cerca de 1,6 mil médicos. Todos aqueles com quem entramos em contato confirmaram a adesão à paralisação”, comentou.
Serão realizados apenas atendimentos de urgência e emergência. Consultas e outros procedimentos eletivos estarão suspensos por 24 horas a partir da meia-noite de terça. A paralisação, porém, pode se estender.
Uma reunião com órgãos de classe estaduais em Curitiba, prevista para esta segunda-feira (22), deve decidir se a paralisação se estenderá. “Existe essa possibilidade de cruzar os braços até o fim de semana. Isso é uma forma de mostrar a todos o descaso com que o governo federal tem tratado essa questão essencial, a saúde, em nosso país”, explicou o presidente da AML, em entrevista por telefone ao JL.
Além da paralisação de terça-feira, outro movimento semelhante já está programado para os dias 30 e 31 de julho, na semana seguinte. Na nota enviada aos médicos, Antonio Caetano de Paula chama os profissionais a deixarem “a atitude passiva” e partir para a atividade. “Precisamos, juntos, gritar mais alto para acordar o Planalto”, afirmou.
Fonte: Jornal de Londrina