Petroleiros: greve em 40 plataformas


Cerca de 90% dos 7 mil petroleiros que trabalham na Bacia de Campos, maior região produtora do país, aderiram à greve de 24 horas realizada ontem pela categoria. A avaliação é do presidente do Sindipetro Norte Fluminense (Sindipetro-NF), José Maria Rangel. Os petroleiros que trabalham nas plataformas protestam porque a Petrobras cortou o pagamento adicional por horas extras no repouso.

Segundo o sindicalista, os trabalhadores de 40 plataformas, de um total de 48 em Campos, aderiram ao movimento. Na maioria das unidades a operação foi mantida com as equipes de contingência formadas pela estatal. Mas, segundo Rangel, ao longo do dia três plataformas, a P-07, P-15 e P-35, chegaram a parar. Juntas, elas representam produção da ordem de 50 mil barris diários.

Segundo o Sindipetro-NF, no início da noite de ontem, a P-07 e P-15 já tinham voltado a operar com as equipes de contingência e apenas a P-35 continuava parada, levando à perda de produção da ordem de 40 mil barris diários. Rangel explicou que a P-35 já estava parada desde o dia anterior por problemas técnicos.

estatal ACENA COM possibilidade de NEGOCIAÇÃO

Em nota, a Petrobras informou que apenas a P-07 e a P-15, que juntas produzem cerca de 10 mil barris por dia, tiveram a produção paralisada por algumas horas, mas voltaram a operar ao meio-dia. A Petrobras disse ainda que a P-35 está fora de operação por causa de uma parada técnica de produção.

A diretoria do Sindipetro-NF se reunirá hoje para avaliar a situação e decidir os rumos do movimento.

- Com certeza, se a Petrobras não voltar atrás, outros movimentos, até mais vigorosos do que este de hoje, virão - destacou Rangel.

Mas a Petrobras acena com a possibilidade de negociação. Em nota divulgada no início da noite de ontem destacou: "A Petrobras reforça a importância da mesa de negociações como o melhor meio de manter o diálogo aberto e transparente com os representantes dos empregados". A estatal disse não ter tido incidentes.

Fonte:  O Globo.