Grupo de Trabalho que vai elaborar proposta sobre reforma política ouve opinião das centrais sindica


O grupo de trabalho que vai elaborar proposta sobre a reforma política realizou nesta quinta-feira (8) audiência pública para ouvir a opinião das centrais sindicais e dos movimentos sociais sobre o tema.  O ex-líder do PSD, deputado Guilherme Campos (SP) destacou a importância da colaboração dessas entidades para a elaboração da proposta, principalmente, no processo de eleitoral.

“Essa participação é fundamental, para vermos qual o modelo de eleição que está sendo aplicado nos sindicatos, federações e confederações. Tenho certeza que eles podem servir como um balizador da proposta que está sendo construída neste grupo de trabalho. Quero ressalta que o colegiado está aberto e quer receber opiniões”.

 Valdir Vicente de Barros, secretário de políticas públicas da União Geral dos Trabalhadores - UGT,  defendeu o fim do foro privilegiado, a importância do pluralismo político e das cotas para minorias.

“Somos totalmente favoráveis as cotas para minorias, como negros, mulheres e comunidade LGBT. Acreditamos que a eleição por proporcionalidade é a mais justa para fortalecer tanto o candidato quanto os partidos. Por questões éticas defendemos que caso o parlamentar seja nomeado para outra atividade, renuncie ao cargo atual e que sua coligação seja a responsável por indicar o suplente”, disse.

A reunião foi transmitida pela internet e a população pode participar enviando perguntas e sugestões através do site do grupo.  Dentre as principais ideias populares na enquete estão:  o fim de regalias para parlamentares, ministros e demais autoridades; o fim do voto obrigatório; voto aberto para todas as matérias discutidas nos plenários da Câmara e do Senado.

Sobre estas e outras sugestões, Guilherme Campos considerou que a grande maioria demonstra insatisfação do Estado como um todo e que não há uma reclamação específica para os poderes Legislativo, Executivo, Judiciário e com o Ministério Público.

“As questões levadas às ruas durante os manifestos nos mostraram que a população quer  uma resposta mais rápida e eficiente por tudo aquilo que ela paga através dos impostos. A  nossa sociedade, hoje, está na velocidade 4G o estado ainda tá no tempo do telégrafo, a diferença é muito grande. Os poderes precisam dar respostas no tempo que a sociedade atual necessita e precisa”, pontuou.

Mais de 400 propostas foram enviadas até hoje pelos internautas e mais de 1500 mensagens foram deixadas no fórum de debate.  Para acompanhar e participar online é só acessar o site: www.edemocracia.camara.gov.br/web/reforma-politica/inicio

Fonte: UGT