Greve dos professores: Prefeitura do Rio altera plano de carreira dos servidores Greve dos profes


A Prefeitura do Rio anunciou, nesta terça-feira, que vai incluir 16 emendas no projeto original do plano de carreira dos servidores da Secretaria municipal de Educação. A mudança mais importante é o nivelamento do valor desembolsado pela hora/aula dos docentes do 1º ao 5º ano do ensino fundamental com a quantia paga aos professores do 6º ao 9º ano. Segundo o secretário da Casa Civil, Pedro Paulo Carvalho Teixeira, esse nivelamento será feito, gradualmente, ao longo dos próximos cinco anos. Hoje, a hora/aula varia entre R$ 17,07 e R$ 24, para profissionais que têm a mesma formação.
— Serão beneficiados 43 mil servidores, entre ativos e inativos, e serão gastos R$ 3 bilhões — disse o secretário.
O texto foi acertado após uma reunião de cinco horas, a portas fechadas, entre Pedro Paulo e 30 vereadores da base do governo. A previsão é que o plano seja votado ainda nesta semana, na Câmara dos Vereadores. O caráter de urgência será mantido, apesar das reclamações da coordenação do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação, que vem pedindo mais tempo para discutir as propostas.
— Não há hipótese de a votação não ser em regime de urgência. A previsão é que as emendas estejam prontas para serem votadas na quinta-feira — disse o secretário.
Outra emenda apresentada cria uma gratificação para os servidores de apoio da secretaria, conforme o nível de escolaridade. Atualmente, esse benefício é concedido apenas para os professores da rede municipal.
A direção do Sepe tem uma audiência marcada para esta quarta-feira, com o líder do governo na Câmara dos Vereadores, Luiz Guaraná (PMDB). Segundo a coordenadora Marta Moraes, as novas emendas podem ser positivas para a elaboração do plano de carreira, mas ainda precisam ser analisadas com calma pela categoria:
— Precisamos saber o que realmente está escrito. Mas é muito importante que o governo esteja reabrindo o canal de negociação — disse a coordenadora.
A principal reclamação do Sepe quanto ao texto original do projeto é o fato de que não seria igualitário, beneficiando apenas uma parte dos profissionais.
— O projeto só previa melhorias para cerca de 10% dos professores. Há muitas reivindicações, mas ter um plano de carreira unificado e que privilegia a formação é muito importante — disse Marta.
Fonte: http://extra.globo.com