"A tendência é a movimento ficar cada vez mais forte e novas pessoas aderirem", afirmou o presidente do Sindicato dos Bancários de Londrina e Região, Wanderlei Crivelari. Ao todo, já são 1.963 bancários e bancárias de braços cruzados.

Em Londrina, apenas 11 agências permanecem abertas e na base sindical, que compreende outros 25 municípios, são 38 estabelecimentos. Para o presidente do sindicato, o número revela a expressividade do movimento.

No entanto, os dados não refletem em propostas. Até o momento não houve nenhuma indicação de negociação com os trabalhadores. "O que demonstra a clara intransigência das empresas", afirmou.

Os bancários pedem reajuste salarial de 11,93%, sendo 5% de aumento real, aumento na Participação de Lucros e Resultados, piso de R$ 2.860,21, além de melhorias das condições de trabalho, com fim de demissões, mais contratações e sem metas abusivas.

Nesta sexta-feira não haverá reunião de organização da greve. Na segunda (30), a avaliação do movimento e a definição de novas estratégias contra os bancos será retomada.

Fiscalização

O coordenador do Procon em Londrina, Rodrigo Brum, comentou que não foram encontradas irregularidades no atendimento e prestação de serviços essenciais nos estabelecimentos verificados nos últimos dias. "O serviço está estabilizado. Não houve nenhuma aplicação de multa", afirmou.

Os dois fiscais do órgão se desdobram para visitar pelo menos nove agências por dia. Até o momento já foram checados quase 60 estabelecimentos. Clientes da agência do banco Itaú da Vila Casoni, região central, denunciaram dificuldades nesta semana. Após a checagem do Procon foi verificado que o problema se deu com o sistema de operação da empresa.

"O sistema estava fora do ar. O que a gente percebe é que foi uma situação pontual, que não representou problema relacionado com a greve", disse.