Kireeff tenta minimizar polêmica, mas problemas nas escolas de Londrina persistem


Após uma reunião emergencial convocada devido a grande quantidade de críticas recebidas pela administração, o prefeito Alexandre Kireeff (PSD) tentou minimizar os problemas registrados nas escolas da rede municipal de Londrina com o remanejamento de professores. A medida, oficializada pela secretaria de Educação, na quinta-feira (17) paralisou os serviços de biblioteca e informática em vários locais.

A reportagem de odiario.com  tentou contato com Kireff, mas ele estava em um compromisso na manhã desta terça-feira (22). Em seu perfil na rede social Facebook, ele publicou por volta das 10h15 que inicialmente o remanejamento atingiria 140 dos mais de 3 mil professores da rede. Depois de uma nova avaliação, esse total já diminuiu para 50.
"É importante deixar bem claro: é determinação minha que sejam mantidos todos os serviços de biblioteca, laboratórios, contraturnos, etc e existem recursos financeiros e humanos para o cumprimento de tal orientação", colocou.
Nas escolas
Apesar da fala do prefeito, o problema persiste em alguns colégios e só foi resolvido em outras devido à repercussão negativa. O diretor da Escola Municipal Professor Carlos da Costa Branco, no Jardim Piza, zona sul de Londrina, a biblioteca e sala de informática continuam fechadas.
O diretor Amauri Cardoso informou na manhã desta terça-feira que ainda não foi chamado para discutir o assunto pela secretaria de Educação. No período da noite, ele fará uma reunião com os pais para tomar providências e tentar reativar os serviços.
"Nós temos aqui 540 alunos. Aqui e em qualquer outra escola acarreta um prejuízo diretamente ao aluno, que menos deveria ser prejudicado. Está muito claro que a secretária está tentando colocar panos quentes, tentando dizer que não é o que é", disse.
A administração alegou que o remanejamento de professores é necessário para diminuir os gastos com horas extras e gerar uma economia de R$ 1,6 milhão. Porém, na escola do Jardim Piza, as duas professores cortadas ainda estavam em estágio probatório e ganhavam o piso mínimo do cargo.
Na Escola Municipal Eugênio Brugin, no Jardim União da Vitória IV, onde estudam mais de 600 crianças, quatro professores haviam sido retirados. A diretoria Joselita Marques Fritz informou que a prefeitura voltou atrás no final da tarde de segunda-feira e autorizou a volta das profissionais. Ela acredita que isso aconteceu por causa da repercussão gerada
"A circular interna chegou na sexta à tarde, claro que eu entrei em pânico porque já está difícil com o que temos", contou.
Gestão
A secretária municipal de Educação, Janet Thomas, já conduziu a mesma pasta em 2011 no município de Querência, no Mato Grosso. No local também baixou uma portaria para reduzir custos, o que levantou outra polêmica.
Na portaria de 17 de novembro de 2011, ela nomeia um grupo para propor mudanças no Plano de Carreiras e corte de 4% na folha de pagamento da pasta. A secretária não atendeu ao celular na manhã desta terça-feira. 
Fonte: londrina.odiario.com