A diretora do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde  de Londrina e Região (SinSaúde) e técnica de enfermagem do hospital, Edna Zacas, afirmou que a paralisação não tem prazo para acabar.

"Estamos sendo esquecidos pelo Governo. A Santa Casa passa por um problema muito sério, existem muitas contas atrasadas, os credores estão em cima e não nos resta se não tomar uma decisão bem drástica como essa", destacou.

Os servidores reclamam que ainda não receberam a primeira parcela do 13º salário, o pagamento do último mês e também comentam que não há previsão para quitação dos valores. Muitos estariam deixando o trabalho no hospital, como no caso de Edna, que cumpre aviso prévio.

"Vou lutar até o último minuto de trabalho. Mas onde estão as autoridades?Onde está o governador para falar com a gente? E a própria população? A Santa Casa é o único hospital de Cambé e precisa de ajuda", disparou a enfermeira, dizendo que além dos problemas com repasses trabalhistas, o Estado não se compromete com melhoras na infraestrutura do hospital.

A reivindicação dos profissionais não é de hoje. Há um ano a direção foi afastada por uma decisão judicial e uma interventora foi nomeada. Em abril deste ano, a Unidade de Terapia Intensiva chegou a ser interditada por problemas estruturais.