Superlotada, administração tenta reformar Prefeitura de Londrina


Com o prédio em estado precário e ocupado por 16 secretarias e órgãos públicos nos quais trabalham cerca de 700 servidores, a Prefeitura de Londrina busca recursos junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para uma reforma na construção, que fica na Avenida Duque de Caxias, no centro cívico. O secretário municipal de Gestão Pública, Rogério Dias, afirmou que o Município pleiteia R$ 19 milhões dentro do Programa de Modernização da Administração Tributária (PMAT). Se der certo, a administração terá de dar uma contrapartida de mais R$ 2 milhões, totalizando R$ 21 milhões.

Além de melhorar as condições do prédio, resolvendo os problemas de fios expostos e goteiras, os recursos possibilitariam investimentos na modernização da máquina pública. De acordo com Dias, R$ 5 milhões são para melhorar o prédio. O restante ficará para a “gestão de documentos e arquivos”, com a modernização do sistema de informática e a capacitação de servidores. “É uma ação que vai trazer uma solução geral para o prédio.”, explicou.

Outra medida que pode ser adotada é a mudança de algumas secretarias para outros prédios, porque o espaço atual não é adequado – a Secretaria Municipal da Educação, que já ocupou o prédio, mudou-se na administração passada. A definição sobre quais órgãos ficam ou saem do prédio será feita a partir de um projeto de arquitetura que a Prefeitura deve contratar no primeiro trimestre deste ano – no ano passado foram feitos dois editais, mas ambos acabaram sem interessados. O projeto está orçado em R$ 160 mil.

Dias lembrou que, embora tenha um total 7,7 mil metros quadrados, o prédio da Prefeitura tem uma “área liquida”, que é a efetivamente usada pelas secretarias, de 4,6 mil metros quadrados, o que torna precárias as condições em que estão instalados os órgãos públicos. O secretário municipal de Gestão Pública afirmou que, atualmente, o pedido de recursos junto ao BNDES é avaliado “pelo setor de fluxo de operações de créditos internos, no Tesouro Nacional”.

Condições de trabalho

Na avaliação do presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Londrina (Sindserv), Marcelo Urbaneja, “se fosse para fazer como manda a lei, poucos prédios públicos ficariam abertos”. “O prédio da Prefeitura é totalmente insalubre, quando é calor é muito calor, quando é frio é muito frio. Não tem móveis nem iluminação adequada”, enumerou.

Urbaneja lembrou de uma reportagem publicada há alguns anos pelo JL sobre o alto número de atestados médicos apresentados pelos servidores e afirmou que isso é reflexo das “condições de trabalho” oferecidas ao funcionalismo. “O Sindserv faz cobranças sistemáticas em relação às condições de trabalho.” Segundo ele, neste ano serão intensificadas essas cobranças.

Câmara também precisa de reforma nesta ano

O prédio da Câmara Municipal de Londrina também precisa de reformas, mas ainda não há prazo para ocorrerem. De acordo com a assessoria da Casa, a demanda mais urgente é a revisão das redes elétrica e ótica do prédio. É provável que as obras sejam realizadas somente no recesso de meio de ano, já que ainda não foi sequer aberto o processo de licitação.

A Mesa Executiva da Câmara deve definir o encaminhamento somente em fevereiro. A revisão pode ocorrer em uma ou duas etapas. Se for em etapa única, o prédio e o plenário passarão pela revisão simultaneamente. Caso contrário, a Mesa terá de definir qual obra será feita primeiro. 

Fonte: Jornal de Londrina