IPTU deve arrecadar R$ 140 milhões


Contribuintes de Londrina devem receber, a partir de hoje, o carnê para o pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) 2014, com correção de 5,85% sobre o valor pago no ano passado. No total, foram encaminhados para os Correios 211.700 carnês, que representam 247.300 unidades habitacionais e terrenos da cidade. Entre IPTU, coleta de lixo e taxa de iluminação pública, foram lançados R$ 173,5 milhões. A expectativa do Município é arrecadar 80% do lançamento, semelhante ao ano passado. “Trabalhamos com a perspectiva de recebimento mínimo de R$ 140 milhões”, diz o secretário municipal da Fazenda, Paulo Bento.

De acordo com o secretário, os contribuintes terão três opções de pagamento: à vista na primeira data – que começa em 23 de janeiro -, com 10% de desconto; à vista, na segunda data, com 5%; ou parcelado em dez vezes sem acréscimo, a partir de 23 de março. “Estamos facilitando ao máximo para que a pessoa possa pagar sem problemas. Porém, se a pessoa não pagou à vista e nem fez pagamento da primeira parcela, já vamos entrar com a cobrança na sequência. Vamos lutar muito para arrecadar o maior valor possível.” Em 2013, o investimento do Município em um sistema de call center para cobrança deu bons resultados, segundo Bento. “Investimos R$ 10 mil ao mês, com salários, e tivemos retorno de cerca de R$ 1 milhão.”

O secretário alerta que os isentos – ou quem quer pedir a isenção – devem esperar o carnê chegar antes de procurar a Prefeitura. “Se o contribuinte se enquadra nos requisitos legais de isenção, que estão discriminados na segunda folha do carnê, e não está o valor de pagamento zerado na fatura e com a palavra isento impressa, aí sim pode procurar a prefeitura com toda a documentação xerocada.” Informações estão disponíveis no site da prefeitura (www.londrina.pr.gov.br) a partir de hoje.

O secretário conta que está com um estudo de atualização da planta de valores pronto. “Eu tenho a planta de valores na minha mão, a todo momento. A hora que o prefeito [Alexandre Kirreff (PSD)] resolver, podemos enviar para Câmara [de Vereadores].” Segundo ele, há 13 anos que não se mexe na planta de valores e “até no lugar mais pobre da cidade, os terrenos subiram”. Segundo ele, todo mundo fala da Gleba Palhano, mas esse não seria o lugar mais valorizado de Londrina hoje. Ele não quis antecipar quais seriam as áreas mais valorizadas, mas diz que o Município só quer fazer uma “justiça fiscal”.

“Loteamentos de casas lançados há dez anos por R$ 100 mil o lote, por exemplo, há cinco anos cobravam R$ 300 mil o lote na ‘extensão’ e, hoje, similares cobram R$ 400, R$ 500 mil. Só que o IPTU do primeiro foi calculado sobre 70% do valor real pago na época. Então ele está pagando imposto sobre R$ 70 mil, enquanto o vizinho, com o mesmo padrão, tamanho de lote etc., paga IPTU sobre R$ 350 mil”, explica.

Para se ter uma ideia, segundo Bento, hoje o valor da cidade nas plantas de valores é de R$ 13 bilhões, o mesmo de 13 anos atrás. “Só que, se todo mundo resolver vender seu imóvel pelo valor de mercado, o valor real é de R$ 50 bilhões. Mesmo que eu corrija a planta de valores em 100% ainda vai ficar menos que o valor real”, explica. Tudo isso, no entanto, é, segundo ele, especulação. “Lógico que não podemos aumentar a planta de valores em 100%. O que queremos é conseguir um pouco mais de dinheiro para podermos trabalhar.” 

Fonte: Jornal de Londrina