Município quer R$ 30 milhões em informática até 2017


A Prefeitura de Londrina pretende investir, entre 2014 e 2017, mais de R$ 30 milhões em projetos de tecnologia para otimizar os serviços da administração pública e melhorar o acesso da população a esses serviços. O valor será investido em programas desenvolvidos no Planejamento Estratégico de Tecnologia da Informação e Comunicação (Petic). A entrega do relatório dos trabalhos ocorreu ontem, em cerimônia na sede do Instituto Agroambiental do Paraná (Iapar). 

Os programas foram desenvolvidos a partir de demandas das secretarias, institutos e autarquias ligadas à administração, em conjunto com a Celepar, órgão de tecnologia de informação do governo do Paraná, e a Diretoria de Tecnologia da Informação (DTI) da Secretaria Municipal de Planejamento. 

No total, foram propostos 144 programas. Se todos fossem adotados, seriam necessários mais de R$ 48 milhões, dos quais R$ 22,6 milhões não teriam previsão de origem. "Mas não serão todos postos em prática, porque muitos programas de secretarias diferentes se repetem", explica o secretário de Planejamento, Daniel Pelisson. 

A origem dos R$ 30,1 milhões estão em R$ 10,2 milhões já previstos no Plano Plurianual (PPA) de Londrina e em repasses de R$ 4,5 milhões do BID e de R$ 10,7 milhões do BNDES, por meio do Programa de Modernização da Administração Tributária e da Gestão dos Setores Sociais Básicos (PMAT). Outros R$ 4,6 milhões necessários não têm previsão.

O prefeito de Londrina, Alexandre Kireeff (PSD), afirmou que os projetos vão permitir agilizar serviços essenciais como o controle de estoques de medicamentos, a ofertas de vagas na rede municipal de educação e aceleração na liberação de alvarás, entre outros. "Já existem alguns programas, mas eles não se comunicam", explica. 

O cronograma de implantação dos programas será definido por um comitê deliberativo do Petic no mês de fevereiro. Outro comitê de monitoramento vai acompanhar o andamento desses processos. 

Prioridades
Apesar do furor com a promessa de otimização da máquina pública, o secretário Daniel Pelisson lembrou que a implantação não ocorrerá de uma hora para outra. "Nós temos quatro anos para tirar do papel", frisou. 

Entretanto, a prefeitura trabalha com prioridades. A primeira delas, Cidade Digital, promete conectar cerca de 250 endereços municipais, como escolas, postos de saúde e câmeras de videomonitoramento em uma rede de comunicação baseada em fibra ótica. 

Outra proposta é a Central 156, serviço telefônico para agilizar o atendimento. Atualmente, a prefeitura tem apenas duas telefonistas para atender entre 1,3 e 1,6 mil chamadas diárias. "Nosso levantamento indica que 60% das ligações não têm sequência até o final. E 70% não são demandas de serviços, mas pedidos de informações", diz Pelisson. 

A administração ainda corre para adquirir softwares e capacitar pessoal para o georreferenciamento de Londrina e implantar a gestão eletrônica de documentos e processos, o que vai diminuir a emissão de papeis e permitir o acompanhamento dos procedimentos dentro da administração.

Fonte: Folha de Londrina