O Sindicato dos Servidores Municipais (Sindserv) de Londrina corre para negociar com a prefeitura a lista de reivindicações da categoria na campanha salarial deste ano ainda em fevereiro, data-base da categoria. As principais demandas são a ampliação das perdas salariais de 28% para os servidores com nível superior, além de melhorias no auxílio alimentação, mas, benefícios além da reposição salarial, só podem ser concedidos até 7 de abril, seis meses antes das eleições. 

Há três categorias de servidores na administração direta: os agentes (nível fundamental de escolaridade), os técnicos (nível médio) e promotores (nível superior). 

No ano passado, a Câmara de Vereadores aprovou projeto que aumenta o salário de técnicos e agentes em 16,4%, concluindo uma reposição de perdas de 2000 a 2009 que chegava a 37,17%. Foram beneficiados 3.291 servidores. A justificativa da administração municipal é que essas categorias são as que têm os menores salários. 

No ano passado, na data-base, a prefeitura apenas repôs as perdas da inflação. "Os servidores entenderam que, como todos que chegam na administração de uma empresa, leva um tempo até se adaptar. Agora, esperamos a contrapartida da prefeitura", disse o presidente do sindicato, Marcelo Urbaneja. 

A campanha salarial, além das melhorias para a categoria dos promotores e pedidos antigos, pede a equiparação do auxílio alimentação da administração direta com a das autarquias e empresas de economia mista ou mesmo a dos terceirizados, além da reposição da inflação para todos. "Um coletor de lixo, contratado de forma terceirizada, tem auxílio alimentação de R$ 470, enquanto um professor em início de carreira recebe R$ 270. E a diferença salarial de um para o outro é de R$ 30", compara Urbaneja. 

A primeira reunião com o prefeito Alexandre Kireeff (PSD) e alguns secretários ocorreu na sexta-feira da semana retrasada. Na ocasião, a administração pediu prazo de 15 dias para estudar o impacto dos pedidos no orçamento. A próxima rodada está marcada para a sexta-feira que vem. 

O secretário de Planejamento, Daniel Pelisson, afirmou que os estudos ainda estão em andamento e, por isso, não há uma proposta formulada. Entretanto, ele admitiu que será difícil atender toda a pauta. "O cobertor é mais curto que o do ano passado. Não tivemos aumento de arrecadação a não ser a reposição da inflação", recorda.

Fonte: Folha de Londrina