Mutirão de mamografia atende servidoras públicas em São Paulo


Para marcar o  Dia Mundial da Mamografia, celebrado no último dia 5, o Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe) promoveu no dia 8 um mutirão para oferecer o exame às servidoras e beneficiárias com mais de 40 anos. Até agora já foram realizadas 123 mamografias no Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), na capital paulista, superando a expectativa de atender 120 mulheres.
De acordo com uma das responsáveis pelo mutirão, Suzana de Rosa, que faz parte do programa Prevenir, do Iamspe, o objetivo foi estimular as servidoras públicas estaduais e beneficiárias para que façam a mamografia periodicamente a fim de detectar precocemente o câncer de mama. Os exames foram oferecidos gratuitamente e sem a necessidade de agendamento.  
“Como trabalhadoras da instituição, temos que dar atenção à saúde. A rotina nos absorve e nem sempre lembramos de parar para fazer exames necessários. Mutirões como esse são uma oportunidade para saber que naquele dia será possível fazer o exame com mais facilidade e rapidez."
A mastologista do HSPE, Denise Joffily, explicou que é importante que as mulheres a partir dos 40 anos façam a mamografia pelo menos uma vez para o ano, porque dessa forma é possível detectar o câncer de mama no estágio inicial. “Isso tem impacto nos índices de mortalidade da doença, porque diagnosticar no início reduz em até 35% a mortalidade. Em média, o câncer de mama leva um certo tempo até poder ser clinicamente visível
O câncer de mama é um tumor maligno e ocorre por alterações genéticas em determinados conjuntos de células, que passam a se dividir acima do normal. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 458 mil pessoas morrem por ano em decorrência da doença. No HSPE, a cada dois dias é diagnosticado um novo caso de câncer de mama. "Nós não queremos que a paciente descubra o câncer de mama ao se apalpar e sentir um nódulo, e sim, em um estágio anterior a isso."
Segundo Denise, nessa fase a porcentagem de cura é maior e existe a possibilidade de evitar a mastectomia (retirada da mama) e até mesmo a quimioterapia. “Com a mamografia podemos verificar se há alterações na mama mesmo que não haja nenhum nódulo, já que esses tumores demoram até dez anos para atingir um centímetro. Se eu pegar nessa fase, em que não é palpável, a chance de cura pode ser de 90%”, ressaltou.
A médica lembrou ainda que muitas mulheres evitam a mamografia por acreditarem que o exame é dolorido, mas ela enfatizou que mesmo não sendo um exame agradável, é rápido e essencial para a saúde da mulher. “Por ser preciso comprimir a mama é desagradável, mas é justamente a compressão que faz o exame ter qualidade, porque ela fixa a mama e espalha as estruturas, nos ajudando a saber se a lesão é suspeita ou não. Se elas souberem da importância e de que a compressão é rápida, acabam aceitando fazer."
Fonte: Agência Brasil