Cerca de 300 agentes penitenciários de todo o Estado decidiram ontem, em assembleia geral realizada em Curitiba, suspender até o final do mês uma possível paralisação geral. A decisão, aprovada por unanimidade, ocorreu após o governo apresentar uma proposta de reajuste de 23,37% sobre o Adicional de Atividade Penitenciária (AAP). Caso esse pagamento não seja efetivado até o final de fevereiro, uma nova assembleia será convocada pelo Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen) no início de março. 

"Vamos aguardar se o governo vai cumprir com a sua parte. Caso ocorra algum problema a categoria vai se reunir novamente para decidir sobre uma paralisação. Avançamos em pontos fundamentais da nossa pauta de reivindicações, mas ainda temos que aumentar a segurança dos profissionais, por exemplo", disse o Antony Johnson, vice-presidente do Sindarspen. 

Além do reajuste, conforme o sindicato, ficou acordado que o governo vai contratar mais 423 profissionais aprovados em concurso público até o final de abril. A entidade ainda informou que o governo estuda ampliar em 741 servidores o total do quadro atual. 

Outro ponto aprovado na assembleia foi que, como medida preventiva de segurança, sempre que houver rebelião com agente refém, todas as unidades penais deverão ficar fechadas por um dia. Segundo o sindicato, o encaminhamento foi tomado devido aos problemas de segurança que resultaram nos últimos meses em pelo sete motins com 10 agentes feitos reféns.

Fonte: Folha de Londrina