Policiais federais realizam paralisação de 72 horas em vários estados


Agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal em vários estados do país fazem paralisação a partir desta terça-feira (11), de acordo com a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef). A entidade afirma que a greve irá durar três dias. Na quarta-feira (12), está prevista pela entidade uma passeata dos servidores na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
Os funcionários pedem a reestruturação da carreira com reajustes salariais, a contratação de novos servidores e criticam a indicação por "critérios políticos" de servidores sem experiência operacional para trabalhar no planejamento e coordenação da Copa 2014. A Fenapef quer a substituição desses profissionais por outros mais experientes na carreira.
"O governo congelou e sucateou a nossa carreira. Somente a nossa categoria sofre esse tratamento. Em 2000, o salário incial de um agente federal era um pouquinho maior do que o editor da Receita Federal. Atualmente, o nosso salário inicial equivale a metade da remuneração incial de um auditor da Receita", afirma o diretor de comunicação da Fenapef, Renato Deslandes.
Ele também afirma que faltam funcionários para os postos e que cada vez mais servidores estão abandonando a carreira. "A situação está calamitosa. Existem aeroportos do interior do país que não tem nenhum agente federal", diz. E a categoria também pede que não aconteçam mais indicações para cargos por critérios políticos. "A gente pede a meritocracia. Quem quer que chegue no topo, tem que ter demonstrado excelência e especialização", afirma Deslandes.
Procurada pelo G1, a Polícia Federal afirma que não irá se pronunciar sobre a greve. Já o Ministério do Planejamento, através de sua assessoria, afirma que nos dois últimos anos, a categoria não aceitou a proposta de reajuste de 15,8% e não fechou acordo com o governo. A pasta afirma que, neste momento, não há margem financeira e fiscal para fazer o reajuste pedido, pois causaria impacto na folha de pagamento. Mas ressalta que as negociações estão abertas.
Fonte: g1.globo.com